Açoriano Oriental
Mundo cresce 3,5% em 2015 ajudada por quebra no preço do petróleo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia mundial cresça 3,5% em 2015 e 3,8% em 2016, um crescimento conduzido pela retoma das economias avançadas e "apoiado por uma queda dos preços do petróleo".
 Mundo cresce 3,5% em 2015 ajudada por quebra no preço do petróleo

Autor: Lusa/AO online

No 'World Economic Outlook', o FMI prevê que a economia mundial cresça 3,5% este ano, em linha com o antecipado em janeiro, e 3,8% no próximo, ligeiramente acima dos 3,7% estimados pela instituição anteriormente.

A instituição liderada por Christine Lagarde considera que o crescimento económico mundial será conduzido por uma "retoma das economias avançadas" (com uma aceleração do crescimento de 1,8% no ano passado para 2,4% este ano), "apoiado por uma queda dos preços do petróleo".

O crescimento nos Estados Unidos deverá atingir os 3,1% este ano e no próximo, motivado pelo reforço da procura interna (apoiada pela queda do preço do petróleo), por um ajustamento orçamental moderado e pelo apoio das políticas monetárias acomodatícias.

O FMI também vê "sinais de melhoria" na zona euro, que estima que cresça 1,5% este ano e 1,6% no próximo, também motivada pela redução nos preços de petróleo e das taxas de juro e da desvalorização do euro.

No Japão, e depois de uma recessão de 0,1% em 2014, a instituição sedeada em Washington prevê também que a desvalorização do yen e a redução dos preços do petróleo levem a uma retoma da economia japonesa, que deverá crescer 1% este ano e 1,2% no próximo.

No entanto, as economias emergentes vão abrandar em 2015, já que o crescimento económico neste grupo de países deverá desacelerar de 4,6% em 2014 para 4,3% este ano, recuperando novamente em 2016, para os 4,7%.

O Fundo explica a desaceleração com a queda do preço do petróleo, que vai "abrandar bruscamente o crescimento dos países exportadores, especialmente aqueles que também enfrentam tensões geopolíticas, como a Rússia", país que deverá apresentar uma recessão de 3,8% este ano e de 1,1% no próximo (depois de ter crescido 0,6% no ano passado).

No caso da economia chinesa, que depois de ter crescido 7,4% no ano passado deverá subir 6,8% em 2015 e 6,3% no próximo, o FMI explica que depois de um período de crescimento rápido e intensivo do investimento "é provável" que exista agora um abrandamento, "particularmente no imobiliário".

O FMI estima ainda que, depois de um crescimento de 2,7% em 2013 e de 0,1% no ano passado, a economia brasileira recue 1% este ano (retomando depois 1% em 2016), afirmando que esta previsão é afetada por políticas macroeconómicas restritas e por um enfraquecimento do setor privado.

Ainda assim, o FMI alerta para os riscos negativos para esta previsão de crescimento mundial, como uma valorização abrupta do dólar (que poderia desencadear tensões financeiras nos mercados emergentes), as tensões geopolíticas (na Ucrânia, no Médio Oriente e na África Ocidental) que podem "gerar contágios regionais e globais" e a estagnação e a baixa inflação nas economias avançadas.

Assim, o FMI reitera são necessárias "medidas urgentes" para impulsionar o crescimento mundial que, no caso das economias avançadas pode passar pelo "aumento do investimento em infraestruturas".

Já nas economias emergentes, que "também têm uma importante agenda reformista a implementar", o Fundo sugere que os países exportadores do petróleo, que vão enfrentar "maiores vulnerabilidades orçamentais e externas", com margem cambial desvalorizem a sua moeda: "uma depreciação pode ajustar o ajustamento", considera.

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