Açoriano Oriental
Motorista de Mário Mendes começa hoje a ser julgado
O motorista do carro do ex-secretário-geral do Sistema de Segurança Interna Mário Mendes, envolvido num acidente em novembro de 2009 e acusado pelo crime de “condução perigosa de veículo rodoviário”, começa hoje a ser julgado em Lisboa.
Motorista de Mário Mendes começa hoje a ser julgado

Autor: Lusa/Aonline

A investigação do Ministério Público (MP) concluiu que o motorista, um militar da GNR, foi o “único responsável pelo acidente” que, seguindo em “marcha assinalada de urgência, violou grosseiramente regras de circulação rodoviária, ignorando designadamente a obrigação de parar no sinal vermelho, pondo assim em perigo terceiros”.

O MP arquivou, contudo, três crimes de ofensa à integridade física negligente por “falta de apresentação de queixa por parte das vítimas”.

Para o MP, o arguido “agiu de forma livre, voluntária e consciente” e sabia que a sua “conduta era idónea a criar perigo para a vida e integridade física das pessoas que transportava”, para o condutor do outro carro envolvido e “causar prejuízos de valor elevado, com a destruição dos respetivos veículos”.

O acidente de viação envolveu uma viatura do Ministério da Administração Interna (MAI), na qual seguia o então secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, que ficou gravemente ferido, e outra que estava ao serviço do então presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que não seguia no veículo.

O acidente ocorreu na Av. Liberdade, em Lisboa, no dia 27 novembro de 2009.

A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM-M), que se constituiu assistente no processo, convocou para depor Rogério Pinheiro, ex-diretor-geral de Viação e João Dias, investigador do Instituto Superior Técnico, com larga experiência em reconstituição de acidentes.

Joaquim da Silva Fernandes, na altura motorista do juiz conselheiro Mário Mendes, é considerado o único culpado do acidente e vai responder por um crime de condução perigosa por alegadamente ter passado, sem abrandar, um sinal vermelho.

O julgamento está marcado para os Juízos Criminais de Lisboa, no Campus Justiça, Parque das Nações.

 

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