Açoriano Oriental
Monti afirma que Itália não precisa de resgate financeiro
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse esta quarta-feira na Finlândia que a Itália não vai precisar de resgate financeiro, apesar de precisar de "tempo" por parte dos mercados.
Monti afirma que Itália não precisa de resgate financeiro

Autor: Lusa/AO online

Monti, numa entrevista publicada hoje no jornal finlandês, “Helsingin Sanomat”, afirmou que os mercados “são muito lentos” quando têm de compreender as medidas que foram tomadas e que já foram conseguidas.

Na terça-feira, o senado italiano deu o primeiro passo para a aprovação de cortes da despesa pública na ordem dos 25.000 milhões de euros até 2014.

A visita de Monti à Finlândia enquadra-se num périplo europeu sobre a situação na zona euro e pretende impulsionar o “cumprimento” dos acordos conseguidos na reunião do Conselho Europeu realizada em junho.

A deslocação por várias capitais europeias começou na terça-feira em Paris, onde o primeiro-ministro italiano se reuniu com o presidente francês François Hollande.

No encontro, na capital francesa, Monti e Hollande apelaram à defesa, consolidação e reforço da zona euro tendo considerado que se alcançaram “progressos significativos” nas últimas semanas.

Em Helsínquia, Monti vai reunir-se com o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, com o Presidente Sauli Niinisto e com o comissário europeu para a política económica e monetária, Olli Rehn.

A Finlândia é um dos países da zona euro que mais se opõe ao uso de fundos europeus para a compra de dívida de países sob pressão. Monti vai tentar convencer os políticos finlandeses sobre a necessidade de se combater a especulação dos mercados através do dinheiro depositado no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), e no Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

“Estamos a estudar uma possível intervenção, com várias combinações, que envolvam o FEEF o MEE ao Banco Central Europeu (BCE)” disse o chefe do Executivo italiano, que criticou, indiretamente, as dúvidas do Governo finlandês sobre a participação na ajuda financeira aos países que necessitam de auxílio, “como a Grécia ou Espanha”.

“Quanto mais se enfraquece a estrutura e a capacidade do FEEF e do MEE pelas condições quer querem impor, mais compromissos vão ser necessários”, afirmou.

Monti conclui a ronda de contactos na quinta-feira em Madrid onde se vai encontrar com o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy.

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