Autor: Lusa/AO online
Da parte do poder político, João Pedro Matos Fernandes afirmou que está a ser feita despesa: "70 milhões de euros para proteger o território das cheias" e "150 milhões no litoral para o tornar mais resiliente" e resistir ao avanço das águas, provocado quer pelo aumento do nível médio das águas quer pelos fenómenos meteorológicos.
"As artes da engenharia têm que ter um papel decisivo", disse o ministro aos jornalistas à margem da conferência de abertura do ano 2018 como ano das alterações climáticas da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
Por exemplo, no setor da construção, há muito a fazer: "em Portugal e no mundo é o de pior eficiência material, em que são precisos mais quilos de matéria prima para produzir um euro de valor".
"Deixar de utilizar matéria prima virgem é fundamental. Portugal tem um parque de construção que pode, todo ele, ser usado na construção e reabilitação de edifícios. Não precisamos de ir buscar mais areia aos rios ou pedra às pedreiras, ela já está cá fora", declarou o governante.
Para cumprir as metas do acordo de Paris, em que se decidiu conter o aumento da temperatura global a um máximo de dois graus centígrados no fim do século, a tecnologia também terá que evoluir em áreas como o armazenamento de energia proveniente de fontes renováveis.
A engenharia dos materiais, destacou, é "nuclear para a possibilidade de remanufaturar e reparar aparelhos", outro aspeto da economia circular para a qual Matos Fernandes considera essencial que se caminhe.
Para quê, interrogou-se, ter um berbequim em casa "que trabalha doze minutos durante uma vida inteira?". Em vez de proprietários, podemos ser utilizadores" desse tipo de tecnologia, sem deixar de a ter disponível quando é precisa.