Autor: Lusa/Açoriano Oriental
O novo estatuto disciplinar da PSP esteve hoje em debate, pretendendo o Governo com as alterações acabar com a pena disciplinar de repreensão verbal e garantir um rendimento mínimo de subsistência durante o cumprimento da pena.
Para o Bloco de Esquerda, as alterações ao estatuto vêm responder a uma série de reivindicações das estruturas da PS e vem resolver dúvidas interpretativas e até constitucionais.
Sandra Madruga do PSD chegou a reconhecer a importância da alteração do estatuto da PSP, mas disse que o partido não se revê na mesma, considerando-a insuficiente.
Para Jorge Machado, do Partido Comunista Português, o diploma ficou enriquecido com a exclusão das medidas disciplinares para aposentados, e com um novo mecanismo de suspensão, mas o facto de estar previsto que os processos disciplinares sejam conduzidos por superiores hierárquicos suscitou-lhe dúvidas.
Segundo a proposta de lei, os polícias passam a estar sujeitos às penas de repreensão, multa, suspensão simples e grave, aposentação compulsiva e demissão, prevendo-se ainda a possibilidade da transferência compulsiva.
Globalmente o CDS concordou com as alterações apresentadas pelo Governo e disse estar disponível para as discutir em sede de especialidade, lembrando, porém, que os polícias não podem ser tratados como meros funcionários públicos e têm de ser diferenciados pela natureza da sua atividade.
O Ministério da Administração Interna pretende "uma melhor caracterização da pena de multa", cujo desconto mensal não pode agora exceder um terço do vencimento do polícia, passando a poder pagar a multa em prestações.