Açoriano Oriental
Ministério Público pede prisão para homem que raptou menor nos Açores
O Ministério Público (MP) pediu hoje uma pena de prisão para o homem acusado do crime de rapto agravado de uma menina de 11 anos, em 2015, na freguesia de São Roque, nos Açores.
Ministério Público pede prisão para homem que raptou menor nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

Este caso, que remonta a 14 de março do ano passado, esteve hoje a ser julgado no Tribunal Judicial de Ponta Delgada, à porta fechada, por um tribunal coletivo, tendo sido destacado para o local um dispositivo policial. O crime é punido com uma pena até 15 anos de prisão.

O juiz presidente o magistrado judicial considerou que a afluência de público ao tribunal poderia ainda perturbar o funcionamento do julgamento e prejudicar a segurança da sessão.

Após a detenção do suspeito, e quando este foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, dezenas de populares concentraram-se nas imediações do tribunal, obrigando a que o arguido fosse ouvido em local desconhecido.

Hoje, o julgamento decorreu entre as 14:00 e as 18:00 locais (mais uma hora em Lisboa), tendo ficado agendada a leitura do acórdão para o dia 29, às 12:00.

O arguido, de 46 anos, era vizinho da criança e foi detido no próprio dia, por ser suspeito de raptar, agredir e violar a menina.

O MP sustenta que o homem “agiu voluntária, livre e conscientemente, conhecendo a idade da ofendida, pessoa indefesa”, e com o intuito de “com ela manter contactos sexuais, agredindo-a e atando-a de forma bárbara” e “com perigo para a vida” da menor.

A acusação sustenta que o homem resolveu naquele dia "manter trato sexual com a sua vizinha”, que morava no mesmo prédio.

Segundo o MP, o arguido aproveitou a saída da menor quando esta foi sozinha despejar o lixo e, no regresso, “tentou atraí-la com a desculpa de que precisava de ajuda para ligar o cabo da televisão”.

No interior da habitação, a menina foi agredida, tendo o homem colocado “um pano na boca para a impedir de pedir socorro ou gritar” e “amarrou-lhe as mãos”, acrescenta o despacho.

A menor ainda terá tentado soltar-se e fingiu-se desmaiada, tendo o arguido procurado escondê-la quando o pai desta lhe bateu à porta, relata o MP.

O homem terá dito que "estava aflito a procurar" a rapariga, mas referiu que ela “tinha entrado num automóvel".

A criança acabou por ser encontrada, poucas horas depois do alerta do seu desaparecimento, "debaixo de uma cama, imóvel, com as mãos amarradas atrás do corpo e amordaçada”.

Devido às lesões sofridas, a menor esteve cerca de dez dias internada, apresentando "sequelas permanentes”, com “dificuldades em adormecer e pesadelos" e “permanente medo de sair à rua”, fatores que sustentam um pedido de indemnização dos pais da menor no valor de 250 mil euros.

O arguido está em prisão preventiva desde 16 março de 2015, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

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