Açoriano Oriental
Militares defendem implementação de sistema de forças regional nos Açores
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Artur Pina Monteiro, reiterou a importância geoestratégica dos Açores no panorama internacional e defendeu a implementação de um sistema de forças regional tendo em conta a descontinuidade territorial do arquipélago.
Militares defendem implementação de sistema de forças regional nos Açores

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

 

"Perante ameaças como o terrorismo internacional, a proliferação de armamentos, o crime organizado ou as agressões ambientais importa, tendo em consideração a descontinuidade territorial do arquipélago, implementar um sistema de forças regional que garanta flexibilidade e emprego operacional, contribuindo com as suas capacidades e prontidão dos meios para uma efetiva prevenção e dissuasão no apoio à segurança, bem-estar e desenvolvimento da população no território nacional", afirmou Artur Pina Monteiro.

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas falava, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, na sessão solene comemorativa do XXIV aniversário do Comando Operacional dos Açores (COA).

Artur Pina Monteiro salientou que, "não obstante a permanente transformação do ordenamento geopolítico internacional, cada vez mais caracterizado por um elevado grau de incerteza e imprevisibilidade", os Açores, "no quadro da segurança internacional, continuam a constituir-se como plataforma fulcral para o apoio ao movimento de forças e meios de projeção, contribuindo de forma qualitativa e indelével para a resolução de crises ou outros acontecimentos de maior ou menor gravidade e para a afirmação de Portugal" no contexto da "comunidade internacional".

Na sua intervenção, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas anunciou ainda a realização, este ano, nos Açores, do exercício de maior relevância operacional que envolve o Estado Maior das Forças Armadas, a Marinha, o Exército e a Força Aérea, designado Lusitano, em articulação com o exercício Açor.

Segundo referiu, este exercício Lusitano, cuja data não concretizou, contempla "um ambiente operacional que inclua uma resposta à crise e apoio às populações numa situações de emergência face a uma catástrofe natural, permitindo testar os planos de contingência".

Artur Pina Monteiro destacou ainda a importância das missões de apoio às populações no arquipélago e ao Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores para uma prontidão de resposta dos meios militares em situações de emergência das populações, indicando que desde "01 de janeiro de 2017 já foram efetuadas 36 evacuações sanitárias e quatro operações de busca e salvamento".

"Em 2016 foram realizadas 226 evacuações e 40 operações de busca e salvamento", acrescentou.

O comandante operacional dos Açores, tenente-general Amândio Miranda, realçou também a situação estratégica do arquipélago dos Açores no contexto internacional, "uma posição de charneira entre o Atlântico e o continente europeu numa área de confluência das linhas de comunicação marítimas e aéreas que ligam a Europa à África, às Américas, ao Médio Oriente e ao Sudoeste Asiático".

"Esta posição geográfica estratégica, num contexto internacional caracterizado por um crime organizado e global, obriga-nos a estar convenientemente preparados para o emprego operacional dos meios nas modalidades mais adequadas ao objetivo e às particularidades da tarefa a cumprir", sublinhou Amândio Miranda.

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