Açoriano Oriental
Euro/Crise
Merkel reafirma que redução de dívidas e reforço do crescimento são compatíveis
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que a redução das dívidas públicas e o reforço do crescimento e do emprego são os dois pilares da estratégia para superar a crise europeia das dívidas soberanas
Merkel reafirma que redução de dívidas e reforço do crescimento são compatíveis

Autor: Lusa/AO Online

 

"Promover o crescimento através de reformas estruturais faz sentido, é importante, é necessário, mas pedir mais dinheiro emprestado para o fazer, far-nos-ia recuar ao princípio da crise, e por isso não devemos fazê-lo e não vamos fazê-lo", disse a chefe do Governo alemão, num discurso no Parlamento sobre as próximas cimeiras do G-8, em Camp David, e da NATO, em Chicago (EUA).

"Por isso, em Camp David, como já fiz muitas outras vezes, vou dizer que a superação da crise das dívidas soberanas na Europa não acontecerá da noite para o dia, por muito que o queiramos", voltando a recusar a emissão de títulos conjuntos da dívida pública na zona euro de países do euro, os chamados ‘eurobonds’.

"Todos esses meios já foram debatidos e não se revelaram soluções sustentáveis, temos que aceitar que a superação da crise é um processo longo e difícil, que só terá sucesso se atacarmos as causas, as enormes dívidas e a falta de competitividade de alguns países do euro", acrescentou Merkel.

"Por isso, temos de reduzir as dívidas e, simultaneamente, reforçar a competitividade, o que não é contraditório, e isto não se aplica apenas à Europa, mas a quase todos os países industrializados", acrescentou a chanceler, anunciando que vai defender esta posição na Cimeira do G-8.

"Temos de conseguir cooperar cada vez mais para reduzir as elevadas dívidas e criar as bases para um crescimento sustentável", adiantou, preconizando também uma reforço do comércio livre à escala mundial.

Outros temas do G-8 serão o combate às alterações climáticas e a eficiência energética, e também um novo plano para atenuar o problema da subnutrição em África, nos próximos 10 anos, anunciou Merkel.

No que se refere à Cimeira da NATO, Merkel destacou a importância de concretizar a estratégia definida na Cimeira de Lisboa, em dezembro de 2010, para uma retirada do Afeganistão, de fazer avançar a modernização das capacidades militares e também a cooperação com a Rússia no desenvolvimento de um sistema antimísseis.

Disse ainda esperar que seja possível chegar a um acordo em Chicago sobre o prosseguimento do programa de desarmamento que a NATO adotou pela primeira vez em Lisboa, que se concentra, sobretudo, na redução das ogivas nucleares.

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