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Marinho Pinto admite entendimentos pós-eleitorais
O líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho Pinto, admitiu a possibilidade entendimentos pós-eleitorais para constituir uma maioria parlamentar.
Marinho Pinto admite entendimentos pós-eleitorais

Autor: Lusa/AO online

 

"Nós equacionaremos todos os cenários pós-eleitorais, depois das eleições, depois de contados os votos e analisada e verificada a vontade do povo português. Antes não. Nós não contamos com o ovo que a galinha ainda não pôs", disse Marinho Pinto, pouco depois de ter criticado a governação do PSD, PS e CDS, ao longo dos últimos 40 anos.

"Vamos votar, vamos contar os votos. E depois vamos discutir", acrescentou o presidente do PDR durante uma ação de campanha no Mercado do Livramento, em Setúbal.

Mas se Marinho Pinto não exclui o entendimento pós-eleitoral com a Coligação Portugal à Frente, que junta PSD e CDS-PP, parece bem mais difícil entender-se com os socialistas para a formação de uma eventual maioria parlamentar, a avaliar pelas críticas que fez ao secretário-geral do PS, António Costa.

"O senhor António Costa não tem credibilidade. António Costa é uma pessoa manejável pelas poderosas clientelas que estão à sua volta. António José Seguro foi corrido por António Costa, não por ganhar por poucos - porque Costa, pelos vistos até ganha por menos -, foi por ter um plano de combate à promiscuidade entre política e negócios, foi por combater as negociatas do senhor Almeida Santos, do senhor Jorge Coelho, do senhor Pina Moura, do senhor Armando Vara, dessa gente toda do Partido Socialista. Foi por isso que correram com ele", frisou Marinho e Pinto.

"E agora, [António Costa] como vê que vai perder, pede para ganhar por maioria absoluta, para tentar iludir e enganar quem está à sua volta. O Partido Socialista, neste momento, não é alternativa a nada", prosseguiu Marinho Pinto, apontando o PDR como verdadeira alternativa aos três maiores partidos.

Da passagem de Marinho Pinto por Setúbal, ficaram ainda as críticas à cabeça-de-lista do Livre/Tempo de Avançar, Isabel do Carmo, que acusou de ter participado em "atos de terrorismo ou de criminalidade normal", acrescentando que a comunicação social portuguesa "tem silenciado o passado de alguns agentes políticos, de algumas figuras políticas de agora".

A visita de Marinho Pinto ao mercado do Livramento ficou ainda marcada por um encontro com elementos do Movimento Partido da Terra (MPT), que teimavam em andar juntos à comitiva do PDR.

Marinho Pinto pediu-lhes que se afastassem dos apoiantes do PDR e, apesar de alguns protestos dos elementos do MPT, o caso ficou sanado sem que se tivesse registado qualquer incidente entre as duas comitivas.

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