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Jogos Olímpicos
Marcos Freitas perde com número 35 mundial
Marcos Freitas bateu-se esta quarta-fgeira de igual para igual com Yang Zi, mas perdeu com o jogador de Singapura por 4-2 e deixou o ténis de mesa português sem representação para a terceira ronda do torneio de singulares dos Jogos Olímpicos.
Marcos Freitas perde com número 35 mundial

Autor: Emídio Simões, Lusa/AO online
    O madeirense, que terça-feira foi o único dos três portugueses a apurar-se para a segunda ronda, perdeu em 44 minutos com o número 35 mundial, por 11-4, 6-11, 2-11, 11-3, 11-9 e 11-6, traçando a sua sorte quando desperdiçou uma vantagem de 9-7 no quinto “set”.

    Com 20 anos, 86º jogador mundial e profissional no clube alemão TTC Indeland Julich, o português admitiu que esteve “quase” a ganhar a eliminatória, mas sublinhou: “Aqui só há vitória e derrota, não há quase”.

    Depois de ter chegado ao 2-1 após o terceiro “set”, Marcos Freitas cedeu a partida seguinte e teve o momento decisivo no final da quinta: com 2-2 no resultado global, esteve a ganhar por 7-4 e 9-6 no quinto “set”, mas depois não venceu mais nenhum ponto no serviço e perdeu por 11-9.

    O longo último ponto deste “set” foi espectacular e muito aplaudido pelo público, com Marcos Freitas a passar de uma posição defensiva para a iniciativa atacante e, no final, com o ponto na mão, a fazer um “puxanço” para fora.

    “Tive um pouco de desconcentração no quinto ‘set’. A ganhar por 9-7, não consegui pontos no serviço, que era onde estava a ganhar, e ele ganhou confiança”, disse o jogador português.

    Apesar de admitir que “seria melhor se tivesse passado mais uma ronda ou duas”, Marcos Freitas qualificou como “bom” o seu desempenho em Pequim2008, porque passou uma eliminatória depois de já ter conseguido a qualificação para os Jogos, que “no ténis de mesa é muito difícil”.

    “Há jogadores que são número 50 do Mundo e não estão cá”, recordou, salientando que, na sua primeira presença nos Jogos Olímpicos, o ténis de mesa nacional teve três jogadores em Pequim. “Agora é evoluir e, quem sabe, daqui a quatro anos, em Londres, fazer melhor”.

    O chefe da equipa portuguesa e seu treinador, Ricardo Faria, também admitiu que “o quinto ‘set’ foi decisivo” e deu os parabéns a Marcos Freitas por ter sido um dos protagonistas de “um grande espectáculo de ténis de mesa”.

    “O Marcos Freitas dignificou a camisola portuguesa e fez brilhar a bandeira nacional. Está nos Jogos Olímpicos pela primeira vez e tentou contrariar o favoritismo do número 35 mundial. Foi um jogo mais de serviço/recepção e primeira bola, em que a mínima falha era crucial”, frisou.

    Lamentando que os portugueses não tenham tido a rodagem do torneio por equipas, Ricardo Faria, que espera melhores resultados em Londres2012, adiantou: “Já aconteceu em Europeus e Mundiais ficarmos mais à vontade após o quinto ou sexto jogo e, depois, batermo-nos com qualquer adversário”.

    Na primeira ronda, terça-feira, Tiago Apolónia perdeu por 4-1 com o dominicano China Lin Ju, Marcos Freitas ganhou por 4-1 ao egípcio Lashin El-Sayed e João Pedro Monteiro foi derrotado pelo nigeriano Segun Toriola por 4-3.
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