Açoriano Oriental
Marcelo quer ir mais longe na ação externa
O Presidente da República disse hoje que tentará aprofundar a "relação de colaboração frutuosa" com o Governo e o parlamento para ir "mais longe" na ação externa, lembrando a tradição de "política de consenso e de continuidade" nessa área.
Marcelo quer ir mais longe na ação externa

Autor: Lusa/AO Online

 

"A política externa portuguesa tem sido sempre uma política de consenso e de continuidade e na qual há uma tradição e harmonia e colaboração frutuosa entre Presidente da República, Assembleia da República e Governo (…), sempre estivemos juntos", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção na apresentação de cumprimentos pelo corpo diplomático, que decorreu no Palácio da Ajuda.

Falando perante mais de uma centena de representantes do corpo diplomático, o novo Presidente prometeu que, "mais do que manter", tentará aprofundar "a relação de colaboração frutuosa" com o executivo e o parlamento para ir mais longe "nos objetivos que são de todos" na ação externa.

"Estarei sempre interessado, disponível e empenhado para, em conjunto, irmos mais longe na afirmação de Portugal na cena internacional", assegurou, advertindo, contudo, que exercerá o seu cargo no que às relações internacionais diz respeito no "estrito cumprimento" da Constituição e dos compromissos internacionais assumidos.

Já no final da sua intervenção, o Presidente da República dirigiu-se aos chefes de missão acreditados em Portugal, garantindo que a relação de amizade que com muitos mantinha antes de ser eleito irá manter-se, podendo mesmo o contacto ser reforçado, com uma relação ainda mais regular e intensa.

A este propósito, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que irá promover, conjuntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros e com a sua assessoria diplomática, encontros com os chefes de missão nos respetivos grupos regionais com que se organizam em Lisboa, para ouvir as suas opiniões e otimizar o seu papel como elo de ligação de Portugal com outros países.

Na sua intervenção, o novo chefe de Estado aproveitou ainda para falar sobre outra das suas intenções, que é prolongar as comemorações do 10 de Junho para além do "território físico" de Portugal.

Assim, disse, em consonância com o Governo, a Presidência da República pretende assinalar o Dia de Portugal "mantendo a celebração do 10 de Junho em Portugal território físico, mas prolongando-a em Portugal território humano, junto das comunidades que vivem num dos muitos países" por onde os portugueses se espalharam.

No seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa deu ainda nota da intenção de participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, já este ano, dando um sinal de continuidade na aposta do multilateralismo, bem como de marcar presença nas reuniões informais de chefes de Estado sem funções executivas do "Grupo de Arraiolos", nos encontros da COTEC Europa e nas cimeiras Ibero-Americanas.

Antes do discurso do Presidente da República, o Núncio Apostólico, Rino Passigato, fez também uma breve intervenção onde saudou o novo chefe de Estado e fez elogios à "vocação universalista" de Portugal, sublinhando que o país mantém laços firmes de cooperação cultural, económica e estratégica com a maioria dos povos de todos os continentes.

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