Açoriano Oriental
Marcelo percorreu "embrenhado de ruas" do Corvo em passo apressado
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve o seu primeiro contacto com a população dos Açores, num passeio a pé, em passo apressado, pelo "embrenhado de ruas" da Vila do Corvo, como o próprio descreveu
Marcelo percorreu "embrenhado de ruas" do Corvo em passo apressado

Autor: LUSA/AO online

Logo à saída do aeródromo do Corvo, o chefe de Estado estreou-se nas fotografias, a pedido de uma mulher corvina, de seu nome Ângela. "É a primeira 'selfie' do Corvo, vamos embora. E, como em tudo na vida, há sempre uma primeira vez", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

"Ainda por cima começa por A, é começar pelo início do alfabeto", acrescentou.

O Presidente da República chegou ao Corvo num avião militar C-295 que aterrou pelas 15:00 locais (16:00 em Lisboa), com meia hora de atraso em relação à hora prevista, na curta pista do aeródromo local, com 800 metros, depois de uma escala na base das Lajes, na ilha Terceira, vindo de Lisboa.

À chegada, tinha à sua espera o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, o vice-presidente e todos os secretários regionais, a presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luís, e o Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino.

Ao longe, quando o chefe de Estado saiu do avião, crianças da ilha gritaram "Marcelo, Marcelo" e "senhor Presidente, senhor Presidente". Depois, no aeródromo do Corvo, a ilha mais pequena e menos povoada dos Açores, ouviram-se os hinos nacional e dos Açores, tocados pela Banda Filarmónica Vila Corvense.

Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou cerca de 20 pessoas que o esperavam no exterior do aeródromo e seguiu pelas ruas da vila acima, em passo apressado, à conversa com o presidente do Governo Regional, para quem comentou: "os jornalistas já conhecem o meu passo, mas eu acho que o do senhor presidente é maior".

Vasco Cordeiro perguntou-lhe como tinha corrido a viagem, e o Presidente da República respondeu que foi "muito boa" e que aproveitou "para trabalhar, pôr a escrita em dia e para ler coisas várias sobre os Açores, que é sempre muito instrutivo".

"Imagine que eu só tinha vindo cá uma vez ao Corvo, há muito tempo, muito tempo", confessou, em seguida.

No caminho até ao Centro de Interpretação Ambiental e Cultural do Corvo, onde o chefe de Estado e o presidente do Governo Regional se reuniram a sós, Marcelo Rebelo de Sousa ainda entrou na Igreja de Nossa Senhora dos Milagres e numa mercearia, onde espreitou os queijos açorianos.

O Presidente da República fez questão de cumprimentar todas as pessoas com quem se cruzou nas estreitas ruas do Corvo, entre elas, um trabalhador de recolha do lixo e dois trabalhadores estrangeiros, um são-tomense e um ucraniano, com quem tirou uma foto.

Neste percurso de cerca de 20 minutos, uma bandeira monárquica numa janela não passou despercebida ao chefe de Estado. "Aqui é a delegação da Assembleia [Legislativa Regional no Corvo], e aquele é o meu gabinete", explicou-lhe Paulo Estêvão, deputado único do PPM no parlamento regional, eleito pelo círculo mais pequeno do arquipélago.

Marcelo Rebelo de Sousa vai estar nos Açores até terça-feira, 06 de junho, para visitar, em seis dias, sete das nove ilhas do arquipélago: as duas ilhas do grupo ocidental, Corvo e Flores, e as cinco ilhas do grupo central, Terceira, Pico, Graciosa, Faial e São Jorge.

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