Autor: Lusa/AO online
Dezenas de milhares dos fiéis acamparam durante a noite para a missa, ao final da manhã (hora local), no parque Los Samanes, em Guayaquil, sudoeste do Equador.
Além de fiéis do Equador, as autoridades esperam também peruanos e colombianos no parque Los Samanes.
Para a segunda missa no Equador, na terça-fira no parque bicentenário de Equador, as autoridades esperam um número idêntico de fiéis.
Francisco, o primeiro papa jesuíta latino-americano, vai visitar o santuário da Divina Misericórdia, nos arredores da cidade antes de chegar a Los Samanes, a bordo do "papamóvel".
Depois da missa, o papa argentino vai almoçar com jesuítas, antes de regressar a Quito para um encontro com o presidente Rafael Correa e uma visita à catedral metropolitana, no centro histórico da capital.
No domingo, sobre o tema dominante da visita de nove dias, o papa pediu "à sua amada" América do Sul para cuidar dos "mais vulneráveis" da população.
"O progresso e o desenvolvimento devem garantir um futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmão e às minorias mais vulneráveis, que são a dívida que ainda persiste na América Latina", afirmou.
A visita papal coincide com uma altura de tensão política no Equador, com apelos crescentes à saída de Correa em algumas das maiores manifestações antigovernamentais dos últimos anos.
O papa Francisco, que frequentemente aborda questões políticas, pediu a Correa para promover o "diálogo e a participação sem exclusões".
A última visita do papa à América do Sul foi ao Brasil em 2013, que culminou com a presença de três milhões de pessoas, concentradas ao longo da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na missa de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude.
A maioria dos 1,2 mil milhões de católicos do mundo está na América Latina, apesar da crescente popularidade dos cultos evangélicos nos últimos anos.
Durante esta visita, ao Equador, Bolívia e Paraguai, o papa deverá proferir 22 discursos e subir sete vezes a bordo de um avião para percorrer 24 mil quilómetros.
Os três países que Francisco visita são predominantemente católicos e marcados pela desigualdade, pobreza e a pesada herança de regimes autoritários.
Esta é a nona viagem de Francisco ao estrangeiro, mas apenas a segunda visita de um papa ao Equador. João Paulo II visitou o país em 1985.
Francisco parte para a Bolívia na quarta-feira, seguindo-se o Paraguai na sexta-feira. O regresso a Roma está previsto a 12 de julho.