Em contrapartida, 30 por cento são favoráveis, apesar de apenas entre 8 e 10 por cento dos inquiridos ter respondido que “tencionavam seriamente” votar no atual primeiro-ministro italiano, segundo a sondagem, realizada na última semana pelo instituto Ipsos para o jornal italiano Corriere della Será.

“No passado, alguns dirigentes conseguiram construir uma larga base de apoiantes mesmo depois de terem começado com um apoio limitado”, afirmou Renato Mannheimer, presidente do instituto.

As pessoas favoráveis à candidatura de Monti são maioritariamente de meia-idade e com estudos, enquanto as desfavoráveis são mais jovens e originárias do sul de Itália.

A sondagem foi realizada com base numa amostra de 800 pessoas e tem uma margem de erro de 3,5 por cento.

Mario Monti, que substituiu Silvio Berlusconi em novembro de 2011 na liderança de um governo encarregue de salvar a Itália da falência, está a ser pressionado para se candidatar às eleições de fevereiro. O atual primeiro-ministro tem recusado comentar a hipótese.

Monti é muito apreciado pelos pares europeus por ter tirado a Itália do precipício da dívida e ter lançado reformas, designadamente a das pensões e a do mercado de trabalho.

Mas em Itália, a imagem de Monti tem-se enfraquecido nos últimos meses devido ao severo regime de rigor que infligiu ao país e nomeadamente aos impopulares aumentos de impostos, bem como devido à persistente falta de saúde da economia italiana, cujo PIB caiu consecutivamente nos últimos cinco trimestres.

Atualmente, o favorito das sondagens é Pier Luigi Bersani, o dirigente do Partido Democrata, principal formação do centro esquerda.