Autor: Lusa/AO online
Criado em outubro, o movimento xenófobo 'Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente' (Pegida), apoiado pelo jovem partido populista Alternativa para a Alemanha, tem organizado protestos semanais em várias cidades do país, tendo arrancado com a iniciativa em Dresden, capital do estado da Saxónia, na ex-Alemanha de Leste.
No protesto de hoje, novamente em Dresden, estiveram mais de 35 mil pessoas, de acordo com a organização, citada pela agência France-Presse.
As manifestações contra “a islamização” têm gerado forte oposição social e política no país, com associações civis, congregações religiosas e ativistas de esquerda a convocarem manifestações a favor do multiculturalismo e do direito de asilo.
No final de dezembro, a chanceler alemã, Angela Merkel, condenou firmemente as manifestações, frisando que na Alemanha não há lugar “para o incitamento ao ódio”.
Na quarta-feira, o atentado terrorista contra o jornal Charlie Hebdo provocou 12 mortos.
Na sexta-feira, os dois suspeitos do atentado, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sequência do ataque de forças de elite francesas à gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se barricaram.
Na quinta-feira deu-se também o assassínio de uma agente da polícia municipal e na sexta-feira uma tomada de reféns num supermercado ‘kosher’ (judeu), onde morreram quatro pessoas.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, e fontes policiais estabeleceram “uma conexão” entre os dois ‘jihadistas’ suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Os suspeitos de autoria destes ataques acabaram por morrer durante as operações policiais.