Açoriano Oriental
Mais de 10.300 processos por consumo de drogas em 2015, valor mais alto desde 2001
Mais de 10.300 processos de contraordenação por consumo de drogas foram instaurados em 2015, o valor mais elevado desde 2001 e que representa um acréscimo de 15% em relação ao ano anterior.
Mais de 10.300 processos por consumo de drogas em 2015, valor mais alto desde 2001

Autor: Lusa/AO Online

 

Segundo o relatório sobre “A situação do país em matéria de drogas e toxicodependência” de 2015, que hoje é apresentado, nos processos de contraordenação predominam os que estão ligados à posse de 'cannabis' (85% só 'cannabis' e 2% 'cannabis' com outras drogas).

Entre as decisões que foram proferidas, dominam as suspensões provisórias dos processos de consumidores não toxicodependentes, seguindo-se as decisões punitivas e as suspensões provisórias de consumidores toxicodependentes que aceitaram submeter-se a tratamento.

No total, em 2015 foram instaurados 10.380 processos de contraordenação por consumo de drogas, o que representou um acréscimo de 15% face a 2014 e se constituiu como o valor mais elevado de 2001.

Quanto às apreensões de droga, registou-se em 2015 um aumento das várias substâncias, sendo o haxixe a droga que mais apreensões motivou (4.180).

Entre as apreensões segue-se a cocaína (1.081) e a 'cannabis' herbácea (791), que pelo segundo ano consecutivo superou as apreensões de heroína (763).

Face a 2014 houve aumento do número de apreensões de 'ecstasy', de 'cannabis', de heroína e de cocaína.

Ao nível das quantidades apreendidas, entre 2014 e 2015 houve um aumento significativo das várias substâncias, exceto do haxixe.

A descida das quantidades apreendidas de haxixe está relacionada com “a redução do uso de Portugal como uma plataforma de introdução e trânsito no espaço europeu de importantes fluxos com origem no Norte de África, a favor da introdução através do Mar Mediterrâneo”.

Segundo o relatório, em 2015 foram identificados 6.596 presumíveis infratores à legislação nacional em matéria de drogas: 36% como traficantes e 64% como traficantes-consumidores, tendo sido detidos mais de 5.500.

O número de presumíveis infratores aumentou 16% face a 2014 e foi também o número mais elevado desde 2002.

A 31 de dezembro de 2015 encontravam-se na prisão 2.294 pessoas condenadas ao abrigo da lei da droga, o que representa a continuação de uma tendência de ligeiro acréscimo, depois da descida contínua de reclusos entre 2002 e 2008.

Este tipo de reclusos representava cerca de 19% do universo da população presa e condenada, uma proporção que se enquadra no padrão dos últimos anos.

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