Autor: Lusa/Açoriano Oriental
Entre os fatores que contribuíram para o aumento do lucro líquido, a companhia 'low cost' (baixo custo) destacou a queda de 13% do preço médio dos voos para 41 euros, que permitiu reduzir em 11% os custos unitários.
Mesmo assim, no ano fiscal em análise, a Ryanair manteve em 94% o fator de ocupação, que mede a percentagem de assentos ocupados em cada avião, e aumentou em 13% o tráfego de passageiros para 120 milhões.
O presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, disse hoje num comunicado que a companhia aérea conseguiu elevar os lucros apesar das "difíceis" condições do mercado, atingido, por exemplo, por uma "série de incidentes de segurança ocorridos em cidades europeias".
O responsável sublinhou que o setor se ressentiu com a "forte queda" da libra esterlina verificada desde a realização do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) – ‘Brexit’ – em 23 de junho.
"Reagimos a estes desafios melhorando os nossos serviços de atenção ao cliente e estimulando o crescimento com preços mais baixos", afirmou O'Leary, que recordou que no ano fiscal a companhia aérea obteve receitas de 6.648 milhões de euros, mais 2%.
Do total da faturação, 27% foi gerado pelas "receitas auxiliares", que incluem as vendas a bordo, recargas de bagagem ou taxas de embarque com prioridade, que aumentaram 13% para 1.800 milhões de euros.
Em relação às previsões para os próximos meses, a Ryanair estimou hoje que o transporte de passageiros poderá crescer 8% no exercício fiscal em curso e superar 130 milhões de passageiros por ano.
A companhia aérea também prevê que o preço médio das tarifas aéreas desça 5% ou 7%, devido à desvalorização da libra, o que poderia gerar um aumento de 8% do lucro.
"Os investidores devem reconhecer o risco negativo que apresenta o 'Brexit' ou a repetição de qualquer dos incidentes de segurança ocorridos no ano passado em cidades europeias, fatores que podem afetar a confiança do consumidor", sublinha a Ryanair no comunicado.