Açoriano Oriental
LNEC estuda documentos norte-americanos sobre áreas poluídas na ilha Terceira
O Ministério da Defesa encomendou ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) um estudo, a concluir este ano, para avaliar documentos dos EUA sobre áreas poluídas pelas Forças Armadas norte-americanas na Terceira, disse uma especialista daquele organismo.
LNEC estuda documentos norte-americanos sobre áreas poluídas na ilha Terceira

Autor: Lusa / AO online

 

"Neste momento, o LNEC encontra-se a desenvolver para o Ministério da Defesa a análise de todas as áreas classificadas pelos Estados Unidos da América [EUA] como eventualmente poluídas", declarou Teresa Leitão aos jornalistas.

A investigadora do LNEC acompanhou hoje o secretário regional do Ambiente dos Açores, Neto Viveiros, na audição do governante na comissão parlamentar dos Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho, em Ponta Delgada, sobre a situação ambiental no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira.

O trabalho que está a ser desenvolvido contempla, de acordo com Teresa Leitão, a análise dos denominados relatórios de conclusão dos norte-americanos, elaborados na sequência da sua saída da base das Lajes (no concelho da Praia da Vitória) e que foram emitidos "na perspetiva de já terem feito aquilo que acham que deveria ser feito".

Os norte-americanos estão a reduzir a sua presença na base das Lajes, após 60 anos de presença nos Açores, o que implica a dispensa de centenas de trabalhadores portugueses.

Em 2012, a Força Aérea dos Estados Unidos iniciou trabalhos de descontaminação de aquíferos e terrenos na Praia da Vitória, um problema da sua responsabilidade associado ao transporte e armazenamento de combustível na base das Lajes.

Teresa Leitão explicou que, após a análise destes documentos, o LNEC vai dizer ao Governo da República se concorda ou não com os documentos norte-americanos sobre todos os locais em causa na Terceira.

A técnica do LNEC afirmou que este trabalho que agora está a ser desenvolvido ultrapassa o que está a ser feito para o Governo Regional, que tem como alvo do risco potencial a água para abastecimento na ilha.

"Portanto, estamos a analisar os solos e as águas subterrâneas, enquanto este estudo tem a ver com muito mais do que isso, designadamente os solos, a possibilidade de haver contaminação para a agricultura ou pastagens, ou seja, todas as áreas potencialmente contamináveis", disse.

Teresa Leitão declarou, por outro lado, que não há razões de preocupação com o consumo de água na ilha Terceira, tendo sido feitas análises para além do que determinam os regulamentos, sem que tenha sido detetado qualquer anomalia.

"O resultado que temos tido revela que a água tem qualidade para consumo humano e que não há qualquer problema que nós conheçamos", frisou a especialista.

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