Açoriano Oriental
PPM
Lixeira a céu aberto em reserva da biosfera

Paulo Estêvão, cabeça de lista do PPM pelos Açores à Assembleia da República, escolheu esta semana  a lixeira existente no Corvo como pano de fundo de uma acção de campanha que serviu para denunciar o que apelidou de “crime ambiental”.
Lixeira a céu aberto  em reserva da biosfera

Autor: Olímpia Granada


“A persistência desta situação é a prova que algo vai mal no nosso sistema democrático”, disse o candidato monárquico, em comunicado. Se assim não for, questiona Paulo Estêvão, “como se explica que se mantenha durante décadas uma situação denunciada, vezes sem conta, nos conselhos de Ilha, na Assembleia Municipal e no próprio Parlamento Regional?”
 O candidato alerta  que “centenas de aves alimentam-se numa grande lixeira nauseabunda a céu aberto que se encontra no centro da Reserva Natural da Biosfera e do Parque Natural da ilha do Corvo” e, por isso, pergunta também: “Como pode a UNESCO permitir este tipo de situações?” Acusando a tutela regional  de “negligência ambiental”, Paulo Estêvão condena ainda que “dois anos depois da sua criação, o Parque Natural da ilha do Corvo continua sem órgãos de gestão nomeados e sem orçamento consignado”.
Paulo Estêvão deixou nesta acção mais  perguntas no ar: “É aceitável que continue encerrado (o Centro de Interpretação Ambiental, inaugurado em 2007) ? Que não tenha sido realizada a recolha do património corvino e das valências ambientais)”
O candidato explicou ainda que optou por  falar nestas questões no âmbito desta campanha  à Assembleia da República  para tentar que “esta denúncia – tantas vezes repetida nos Açores – chegue ao plano nacional”.

Extensão de direitos nacionais
Ontem, a candidatura do PPM foi até à Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira. Em comunicado, o cabeça de lista considera que “direitos consignados na legislação nacional devem ter aplicação em todo o território nacional, incluindo a ilha do Corvo”. Isto por causa do alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos. “Não faz sentido que o Corvo seja o único concelho nacional onde não é ministrado o ensino secundário diurno. É inaceitável que as famílias corvinas sejam obrigadas a separar-se dos seus filhos no final do terceiro ciclo”, critica Paulo Estêvão, acrescentando ainda: “Os jovens do Corvo são os únicos do País a quem lhes é vedada a prática desportiva”, por falta de instalações desportivas capazes.

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