Açoriano Oriental
Eleições Autárquicas
Livre defende estratégia municipal para a biodiversidade em Ponta Delgada

O candidato do Livre à Câmara Municipal de Ponta Delgada, nos Açores, José Azevedo, defendeu a necessidade de o município ter uma estratégia para a diversidade que complete a do Governo dos Açores.

Livre defende estratégia municipal para a biodiversidade em Ponta Delgada

Autor: Lusa/AO online


"É muito importante que haja uma estratégia municipal para a biodiversidade que complete a governamental, mas que seja especifica do concelho", declarou à agência Lusa o candidato.

O cabeça de lista às eleições autárquicas de 01 de outubro entende ser necessário que a autarquia dê a conhecer a biodiversidade aos cidadãos do concelho e que possua um plano de ação.

Para José Azevedo, o documento deve contemplar a erradicação de espécies invasoras e sua substituição por plantas nativas, envolvendo-se, assim, a câmara municipal, diretamente, na regeneração da biodiversidade, que "está muito ameaçada".

O candidato propõe para viabilizar o plano de ação de conservação e regeneração da biodiversidade que parte da receita da taxa turística que propõe no seu programa eleitoral seja canalizada para a iniciativa.

José Azevedo considerou que a biodiversidade está em "mau estado", destacando o paradoxo que resulta do facto de nos documentos do concelho "ser realçada como muito importante".

"A biodiversidade que está relacionada com a natureza é a responsável por trazer muitos turistas ao concelho e gera, por exemplo, o ícone das Sete Cidades", afirmou, para acrescentar que da parte do público e das entidades públicas "há pouca perceção sobre o que é a biodiversidade e o seu valor".

O candidato referiu que a "biodiversidade não é só o que é verde, mas sim o que é importante em termos regionais, que são as espécies endémicas, fortemente ameaçadas", tendo salvaguardado a sua importância para os ecossistemas.

"Custa ver que nos documentos estratégicos do turismo, do desenvolvimento do concelho até 2020 hajam referências à importância da biodiversidade, mas não qualquer alusão importante à sua conservação e manutenção", declarou.

José Azevedo afirmou, por outro lado, que as ações diretas da autarquia e as que são permitidas em concursos para a realização de obras "agravam os problemas de biodiversidade porque se introduz espécies invasoras como os chorões, nas zonas costeiras, e as plumas, à beira da estrada".


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