Açoriano Oriental
Lanche geotermal assinala dia da conservação da natureza nas Furnas
O Observatório Microbiano dos Açores (OMIC), localizado nas Furnas, celebra na quinta-feira o Dia Nacional da Conservação da Natureza com um "lanche geotermal" gratuito, recorrendo às inúmeras nascentes de água termal e mineral existentes na freguesia.
Lanche geotermal assinala dia da conservação da natureza nas Furnas

Autor: Lusa/AO Online

“Vamos confecionar um lanche geotermal, que tem a ver com as utilizações destas nascentes”, afirmou Joana Medeiros, técnica do OMIC, em declarações à agência Lusa, explicando que o lanche consistirá, entre outras coisas, na preparação de chás e sumos com água de diferentes nascentes.

O passeio de degustação de águas mineromedicinais, que inclui o lanche geotermal, está agendado para as 10:00, sendo que a atividade, com a duração de uma hora, tem já “lotação esgotada”, devido à presença de um grupo de jovens, entre os 15 e 21 anos, do Instituto de Apoio à Criança (IAC).

Além de dar a conhecer o património científico-cultural das nascentes termais açorianas dos campos fumarólicos das Furnas, na ilha de S. Miguel, esta atividade visa estimular o interesse pela ciência e contribuir para uma melhor conservação das riquezas naturais existentes na região.

As Furnas, freguesia do concelho da Povoação com menos de dois mil habitantes, são consideradas por vários especialistas como uma das maiores hidrópoles do mundo, devido à abundância e diversidade microbiana das suas nascentes de água termal e mineral.

O atual roteiro de águas mineromedicinais das Furnas, que pode ser consultado na página na internet do OMIC, inclui 21 nascentes de água.

“Cultural e tradicionalmente são utilizadas para diferentes propósitos. Existem águas frias e águas quentes. As frias têm gás natural, por isso vamos fazer sumo. E com as nascentes quentes vamos fazer os chás. Todas estas águas têm diferentes propriedades terapêuticas”, sustentou Joana Medeiros, recordando que estas águas também são utilizadas para tratar doenças de pele e ossos.

Além dos passeios de degustação de águas mineromedicinais, que podem ser feitos ao longo do ano com pré-inscrição obrigatória e mediante o pagamento de uma taxa de quatro euros por pessoa, o OMIC também realiza, nos mesmos moldes, safaris microbianos (10 a 15 euros por pessoa), que consistem na visita guiada às fumarolas e nascentes, com direito a banho e lanche termal.

O Observatório Microbiano dos Açores, que celebrou no sábado passado quatro anos de atividade, está instalado na antiga Casa de Banhos Termal - Chalé de Misturas, na chamada zona das caldeiras, e conta com uma equipa de três colaboradores e um estagiário.

O OMIC é gerido pela Fundação para o Desenvolvimento Sócio-Profissional e Cultural de Ribeira Grande e integra a rede de Centros de Ciência dos Açores, promovida pela Secretaria Regional da Educação.

 

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