Açoriano Oriental
Julian Assange inspira personagem de novo livro de BD de Astérix e Obélix
"O papiro de César", o novo álbum de banda desenhada da série Astérix e Obélix, que sai no dia 22 em vários países, incluindo Portugal, tem novas personagens, algumas inspiradas na atualidade, como Julian Asssange, fundador do Wikileaks.
Julian Assange inspira personagem de novo livro de BD de Astérix e Obélix

Autor: Lusa/AO online

 

O livro foi esta segunda-feira apresentado num conferência de imprensa na Torre Eiffel, em Paris, com os autores Jean-Yves Ferri e Didier Conrad e na presença de Albert Uderzo, 88 anos, um dos criadores originais desta banda desenhada.

O título do novo álbum já tinha sido anunciado em março, mas só agora é que foram revelados mais pormenores da história, que remete para a atualidade e para os "meandros da informação".

Uma das oito novas personagens criadas por Yves Ferri e Didier Conrad chama-se "Doublepolemix" e é um jornalista gaulês inspirado na figura de Julian Assange, fundador da organização Wikileaks. O vilão desta história é "Bonuspromoplus", conselheiro de César.

"O papiro de César", 36º volume desta BD, terá uma tiragem de dois milhões de exemplares em francês e outros dois milhões noutras vinte línguas e idiomas, entre as quais português e mirandês.

Yves Ferri e Didier Conrad são os mesmos autores que em 2013 assinaram o volume anterior, "Astérix entre os Pictos", o primeiro livro no qual Uderzo não participou.

Uderzo e René Goscinny revelaram Astérix na revista Pilote em 1959. Astérix é um pequeno gaulês de bigode farfalhudo que tem como grande amigo Obélix, personagem desajeitada e com uma força desmesurada, que carrega menires e adora comer javalis.

Ambos são habitantes de uma invencível aldeia que teimosamente resiste às investidas militares dos romanos por conta de uma famosa poção mágica inventada pelo druida Panoramix.

O primeiro livro, "Astérix, o gaulês", só saiu em 1961, dando início a uma das mais bem sucedidas séries de banda desenhada, com mais de 350 milhões de livros vendidos em todo o mundo.

A parceria entre Uderzo e Goscinny terminou em 1977 com a morte do argumentista, mas o nome de ambos foi sempre mantido na assinatura das histórias.

Albert Uderzo, de 88 anos, retirou-se da série em 2011 alegando cansaço.

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