Autor: Lusa/AO online
"O principal objetivo é estabilizá-los e motivá-los para um reingresso escolar, nomeadamente agora com o alargamento da escolaridade obrigatória isto é cada vez mais justificável", afirmou Ana Pereira, coordenadora do Centro de Apoio Social e Acolhimento (C.A.S.A.), na Ribeira Grande, frisando, em declarações à Lusa, que "é preciso quebrar barreiras" para abrir estes jovens à comunidade.
Num cenário construído ao pormenor, uma dezena e meia de personagens dão vida e espalham o terror no 'Sótão dos Horrores', onde, durante 15 minutos, os visitantes podem acompanhar as cenas do casamento da princesa Amélia, que foi amaldiçoada por uma bruxa, e todos os percalços desta história, cujo final é uma incógnita.
A ideia surgiu há três anos na valência Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, que integra jovens em situação de absentismo escolar, exclusão social em situação de dependências, salientando Ana Pereira que a iniciativa pretende "possibilitar um contacto mais próximo destes jovens com a comunidade e potenciar o desenvolvimento de competências".
“Este público-alvo é bastante exigente e obriga constantemente a novas respostas”, frisou a coordenadora da instituição, destacando o "grande sucesso" da iniciativa que, além de integrar o cartaz dos festejos de 'Halloween', permitiu também uma parceria com a escola secundária local numa "experiência-piloto para evitar o abandono escolar".
Nesta representação do 'Sotão dos Horrores', "os convidados chegam à igreja, sentem que algo não está bem, que se passa alguma coisa devido à intervenção da bruxa, e tentam salvar o casamento de Amélia".
O sucesso desta missão é um segredo que apenas vão descobrir os que se aventurarem a entrar neste espaço de "labirintos com cenários de horrores, onde o noivo aparece várias vezes morto num caixão".
"A saga de Amélia já dura há três anos. Este ano, ela tentou encontrar o príncipe encantado para casar e a dúvida é saber se vai haver casamento, se a bruxa vai deixar", frisou Ana Pereira.