Açoriano Oriental
Jovem paquistanesa queimada viva por rejeitar pedido de casamento
Uma jovem de 18 anos morreu no Paquistão, depois de ser queimada viva por um homem que queria casar com ela, mas cuja proposta foi rejeitada, disse hoje a polícia.

Autor: Lusa/AO Online

No sábado, Sidra Shaukat encontrava-se sozinha em casa dos pais, numa localidade próxima da cidade de Toba Tek Singh, quando Fayyaz Aslam, de 22 anos, entrou na residência, regou a jovem com petróleo e pegou-lhe fogo, disse um responsável da polícia Mohammad Akram à agência noticiosa francesa AFP.

"Ela foi levada para um hospital local, que a transferiu para o hospital central, mas morreu antes de chegar ao local", afirmou Akram.

O agressor foi detido e acusado, acrescentou.

Na quinta-feira, Maafia Bibi, de 17 anos, e o marido de 31 Muhammad Sajjad foram mortos à facada pelo pai da jovem, dois tios, avô e mãe por terem casado contra a vontade da família.

O homicídio ocorreu numa aldeia nos arredores da cidade de Daska, a 162 quilómetros a leste de Islamabad.

Em maio, Farzana Parveen, de 25 anos e grávida de três meses, foi agredida até à morte no exterior de um tribunal, na cidade oriental de Lahore, por familiares, num caso noticiado em todo o mundo.

Farzana Parveen tinha ido ao tribunal para testemunhar a favor do marido, acusado pelos familiares de a ter raptado e obrigado a casar com ele.

No ano passado, 869 mulheres foram mortas em "crimes de honra", de acordo com a comissão independente dos direitos humanos do Paquistão.


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