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Jerónimo vê CDS "pronto para tudo" e BE "na sua própria pista"
O líder do PCP afirmou que o vice-primeiro-ministro e presidente do CDS-PP "está sempre disponível" para o poder e o BE não é seu adversário, confiando que a CDU vai confirmar-se como terceira força política no parlamento.
Jerónimo vê CDS "pronto para tudo" e BE "na sua própria pista"

Autor: Lusa/AO online

 

"Têm de perguntar ao Paulo Portas. Em relação a cenários 'A', 'B' e 'C' também a história nos demonstra que o CDS, quando é preciso, seja com este ou com aquele, desde que esteja no poder, está sempre disponível. Este CDS está sempre pronto para tudo", disse Jerónimo de Sousa, questionado sobre declarações do líder centrista à rádio Renascença no sentido de haver um "plano 'B' em caso de a coligação PSD/CDS-PP não ter maioria absoluta no domingo.

Numa "arruada" em Moscavide, Loures, o líder da Coligação Democrática Unitária voltou a prever um reforço de percentagem de votos e de mandatos de deputado nas legislativas e deixou comparações face à campanha bloquista de lado.

"Esta vantagem de andar aqui há muitos anos dá-nos uma tranquilidade imensa até porque o Bloco [de Esquerda] não é propriamente o nosso adversário. Aquilo que as sondagens no terreno nos dizem é que a CDU está a crescer e a crescer bem e que vamos ter uma grande votação. O BE anda na sua própria pista", afirmou, após uma sonora gargalhada.

Enquanto Jerónimo e as dezenas de apoiantes, empunhando bandeiras e gritando palavras de ordem seguiam pelas ruas de Moscavide, Maria de Fátima Santos, 62 anos e encarregada de limpeza na TAP há 40, fazia um minicomício no passeio para quem passava e quisesse ouvir.

"Juntem-se a esquerda toda, lutem, a esquerda toda unida! Entrou o Hitler na TAP, a todos os níveis. Está tudo a ir para o Passos Coelho e ele a ir-nos à carteira. Andam todos às turras uns com os outros. Não sou política, não percebo nada, mas vocês estão a dar as vantagens todas ao Passos", gritou, em concorrência com o secretário-geral comunista.

As "turras" aconteceram de imediato, com militantes comunistas a atirarem "piropos" à oradora, que se queixava de ir ter uma "pensão por metade", apesar da sua "incapacidade de 59,89% por acidente de trabalho".

"És PS, vais votar PS", "é mais do mesmo", responderam vários apoiantes da CDU.

Maria de Fátima, sem anunciar o seu sentido de voto, esclareceu: "Não é PS, não senhora! Não voto no PS. Só voto esquerda, num partido neutro, num que tenha poucos votos para o meu voto não ir para mais ninguém. Voto nos partidos mais baixos", bradou.

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