Açoriano Oriental
Política
Jerónimo de Sousa alerta que pobreza vai aumentar em Portugal
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou hoje em Torres Vedras que a pobreza vai aumentar em 2011 com o novo Orçamento do Estado, ao comentar a existência de 300 mil portugueses no limiar da pobreza.
Jerónimo de Sousa alerta que pobreza vai aumentar em Portugal

Autor: Lusa/AO online

“Infelizmente, quando entrarem em vigor as medidas do Orçamento do Estado para 2011, tendo em conta que se vai reduzir salários, congelar reformas, aumentar os impostos e reduzir o investimento, inevitavelmente que a vida vai piorar para a maioria dos portugueses”, afirmou à agência Lusa Jerónimo de Sousa, prevendo um aumento da pobreza em Portugal. Para o líder dos comunistas, a existência de 300 mil portugueses a passar fome no país “resulta fundamentalmente de uma política de destruição do aparelho produtivo e da produção nacional, do aumento do desemprego e do aumento das injustiças na repartição da riqueza”. Jerónimo de Sousa defendeu uma “rutura” nas políticas no sentido de “valorizar o que temos de bom no país e a capacidade de resposta do país na criação de mais emprego”. Falando sobre precariedade laboral e desemprego, o líder comunista não esqueceu o candidato presidencial e atual Presidente da República, Cavaco Silva, que no sábado se sentiu “envergonhado” pela pobreza existente no país. “O Presidente da República tem grande capacidade de sacudir a água do capote, mas tem lá a sua assinatura moral [no Orçamento do Estado para 2011] e vem agora com ar muito compungido dizer que temos pobreza em Portugal”, disse. De acordo com o Diário de Notícias, citando o Banco Alimentar Contra a Fome, existem pelo menos 300 mil portugueses a passar fome em Portugal. Sobre eleições, Jerónimo de Sousa comentou o anúncio da recandidatura do presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim. “Ele é como a pescada. Antes de o ser já o era”, disse, acrescentando que o candidatado “não é eterno e o PSD um dia acabará por perder a sua influência" no arquipélago "com ou sem João Jardim”.  Jerónimo de Sousa falava no final de um almoço com militantes de Torres Vedras.

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