Açoriano Oriental
Indemnizações das seguradoras por catástrofes naturais diminuem
As indemnizações das seguradoras por catástrofes naturais em todo o mundo diminuíram no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período de 2013, passando para 16 mil milhões de euros, divulgou a resseguradora suíça Swiss Re.
Indemnizações das seguradoras por catástrofes naturais diminuem

Autor: Lusa/AO online

De acordo com estimativas preliminares desta resseguradora (uma das maiores do mundo e que faz seguros às seguradoras), foram pagos este ano menos 3 mil milhões do que no semestre homólogo do ano passado.

O valor ficou também abaixo da média dos primeiros semestres dos últimos 10 anos, que costuma ficar nos 20,4 mil milhões de euros.

O desastre natural que mais custos teve para as seguradoras aconteceu em maio, segundo avança a Swiss Re no seu relatório, identificando as grandes tempestades que assolaram os Estados Unidos nesse mês como o mais caro.

Por cinco dias de tempestade de granizo, as seguradoras tiveram de pagar estragos no valor de 2 mil milhões de euros, a que se juntaram mais cerca de 800 milhões de custos causados pelos temporais da primavera norte-americana, com tornados e trovoadas fortes.

O inverno extremo do início do ano nos Estados Unidos e no Japão também contribuiu muito para os pagamentos que as seguradoras tiveram de avançar.

Nos Estados Unidos, o longo período de neve e temperaturas muito baixas que assolou o leste do país, sobretudo os estados do Mississipi e da Georgia, resultou em indeminizações de 1,2 mil milhões de euros.

Também o Japão experimentou duras tempestades de neve em muitas regiões, levando as seguradoras a pagar danos na ordem dos 2 mil milhões de euros.

Também a Europa Ocidental atravessou, pelo segundo ano consecutivo, um semestre de intensas tempestades, sobretudo quando, em junho, ventos fortíssimos em França, na Alemanha e na Bélgica causaram danos a propriedades e veículos no valor de pelo menos 2 mil milhões de euros.

Mais uma vez, as inundações em várias partes do mundo provocaram muitas mortes e causaram extensos prejuízos materiais, refere a Swiss Re.

A resseguradora exemplifica este caso com os danos registados em maio na Sérvia, na Bósnia e na Croácia e cujas indemnizações chegaram aos 3,4 mil milhões de euros, apesar dos seguros por catástrofes naturais serem pouco frequentes nessa região do mundo.

Uma outra empresa de resseguros, a Aon Benfield, divulgou na semana passada as cinco catástrofes naturais que considera terem causado mais prejuízos no primeiro semestre, colocando na liderança da lista o rigoroso inverno no Japão em fevereiro, seguido de inundações em maio na zona dos Balcãs e Reino Unido e da seca no Brasil entre janeiro e junho.

A seca nos EUA e o calor de junho em França, Alemanha e Bélgica são os fenómenos que se seguem na lista.

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