Autor: Lusa/Açoriano Oriental
O homicida, também ele sem-abrigo, tem ainda de indemnizar a família da vítima mortal em 96.400 euros, determinou o coletivo de juízes.
Em abril de 2016, o corpo da vítima foi descoberto num armazém abandonado e em avançado de decomposição por um grupo de estudantes que, após a descoberta, chamaram a PSP.
Segundo a acusação, o arguido usou um ferro para agredir e matar o outro, fazendo depois uma fogueira para o queimar.
No início do julgamento, a 19 de janeiro, inspetores da Polícia Judiciária (PJ), que estiveram envolvidos na investigação do caso, contaram que o arguido, aquando da sua detenção, confessou a autoria do crime e ajudou na sua reconstituição.
Um dos inspetores, que participou nas diligências ao local no dia seguinte à descoberta do cadáver, relatou que o crime devia ter sido de “extrema violência” dadas as múltiplas fraturas detetadas na autópsia.
E acrescentou: “concluímos que a agressão mortal à vítima foi feita na entrada do armazém, depois foi arrastada e queimada”.
Dois dos estudantes que encontraram o cadáver explicaram que tinham ido àquele local para realizar uma praxe académica, mas sentiram um “cheiro nauseabundo” e decidiram ir ver o que era, momento em que descobriram o corpo debaixo de uns cobertores e cartões, chamando logo a polícia.