Açoriano Oriental
Histórica marca apresenta o sabor dos Açores em licores mas queixa-se da carga fiscal

Na fábrica de licores Mulher de Capote, na Ribeira Grande, onde são produzidos mais de 30 produtos que pretendem representar o sabor dos Açores, a crise passou ao lado, mas a carga fiscal é lamentada pela empresa.


Autor: Lusa/AO online

"A crise tem passado lá fora. Gradualmente temos sempre subido na faturação. Agora, se estamos a ganhar mais dinheiro, digo que não. Estamos supercarregados de impostos. Não é sacrificando as empresas que se cria mais riqueza, é exatamente o contrário: é facilitando os impostos que se cria mais riqueza", considerou Eduardo Ferreira, responsável de marcas de bebidas alcoólicas dos Açores como Ezequiel, Mulher de Capote ou Queen of the Islands.

Atualmente, trabalham na fábrica - na ilha de São Miguel - cerca de 30 funcionários, que, entre outros, fabricam os licores, desenvolvem a estratégia da marca ou acolhem os turistas que passam no espaço para conhecer os vários licores, dos quais se destaca o premiado licor de Maracujá, fabricado desde a década de 1930 pela marca Ezequiel, entretanto adquirida pela Mulher de Capote.

"Aqui só trabalhamos com matéria-prima regional: plantas, frutas e produtos lácteos da região", sustentou Eduardo Ferreira à agência Lusa, antes de referir que em Portugal é onde há mais vendas de licores, embora haja "boas fatias de mercado" em países da diáspora, nomeadamente Cabo Verde.

O responsável da Mulher de Capote nasceu nos Açores, mas estudou e fez a tropa nos Estados Unidos, onde residiu alguns anos antes de regressar ao arquipélago português.

"Vim para cá em 1980 e depois fiz a vida toda aqui", declarou, antes de lembrar que "tudo começou" na empresa que lidera, em 1980, com "três barris" e alguma experiência familiar no ramo.

O seu objetivo, afirmou, “sempre foi em primeiro lugar a qualidade”.

“Temos 30 e tal produtos no mercado e quero sempre que todos sejam tão bons ou superior aos que existem no mercado”, acrescentou.

Filtragem, engarrafamento e rotulagem são algumas das etapas no fabrico dos licores que os turistas e locais podem observar ao visitar a fábrica na Ribeira Grande.

A Mulher de Capote produz vários licores de frutas, mas também tem bebidas em áreas com gin, aguardente ou vinho abafado.

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