Autor: Lusa/AO Online
“Se já era suficientemente mau a greve dos estivadores nos portos da área de Lisboa a situação fica naturalmente ainda pior com mais esta greve que, não sendo tão prolongada, vai adicionar algumas perturbações”, declarou Mário Fortuna.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias entregou um pré-aviso de greve à prestação de trabalho em todos os portos nacionais entre os dias 02 e 06 de junho, declarou hoje à Lusa uma fonte sindical.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do Sindicato Nacional das Administrações Portuárias, Serafim Gomes, explicou que na origem do protesto está o "congelamento das carreiras, alegadas violações ao acordo coletivo de trabalho, que entrou em vigor em novembro de 2015, e a situação no porto de Lisboa devido à greve dos estivadores.
O presidente dos empresários de Ponta Delgada considerou estas situações “inqualificáveis" porque os Açores "ficam prisioneiros destas greves” e “acaba-se por ser pretexto para um ‘forcing’ por parte dos estivadores com prejuízos muito consideráveis para a economia” açoriana, que está a “pagar a maior parte desta fatura”, a par da Madeira.
O líder dos empresários de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, defendeu que os governos “deviam ser mais atentos às consequências” que as greves implicam para a economia regional.
Mário Fortuna entende que nestas paralisações o Governo dos Açores “tinha que garantir em absoluto, e não talvez, que seriam salvaguardados os interesses da região”.
“Se é compreensível uma greve desta natureza num território continental o mesmo já não é verdade num insular porque não há alternativas razoáveis ao transporte marítimo”, afirmou Mário Fortuna.
O dirigente referiu que a economia e os empresários estão a ser penalizados “numa altura em que se está a sair de uma crise muito profunda”.
O secretário regional do Turismo e Transportes declarou, entretanto, que a autoridade portuária dos Açores está a trabalhar com o sindicato para decretar serviços mínimos na greve dos trabalhadores portuários.
“Ao contrário do que foi tornado público esta greve não é uma extensão da greve da estiva, mas sim dos trabalhadores afetos à autoridade portuária”, referiu aos jornalistas, no Pico, Vítor Fraga, que integra a comitiva do executivo açoriano em visita oficial à ilha.
Vítor Fraga afirmou que esta paralisação vem “agravar o impacto” que a greve dos estivadores trouxe para os Açores.
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