Autor: Lusa/AO Online
O encontro com Miguel Cabrita, em representação do Ministério do Trabalho, e Guilherme W. d'Oliveira Martins, do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, inicia-se pelas 11:00 e decorre no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Na quarta-feira, estas estruturas estiveram reunidas com a nova presidente da empresa, Cláudia Goya, que assumiu o cargo em julho. Contudo, segundo o líder do Sindicato dos Trabalhadores da Portugal Telecom (STPT), Jorge Félix, o encontro “não adiantou muito” na resolução dos problemas, embora a nova dirigente tenha manifestado abertura para o diálogo.
Jorge Félix disse esperar que o Governo responda às suas reivindicações e intervenha junto da Altice, dona da operadora.
Este encontro foi solicitado pelo STPT nas últimas semanas.
Os representantes dos trabalhadores pretendem reverter a situação laboral na PT Portugal, sobretudo depois de terem sido conhecidos os resultados de várias ações inspetivas à empresa conduzidas pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Em ações inspetivas realizadas na PT/Meo entre janeiro e julho deste ano, a ACT detetou várias infrações, tendo recolhido “evidências da existência de situações de assédio” aos trabalhadores, entre outras violações laborais.
Outra das contestações do sindicato centra-se na mudança de 155 funcionários para outras empresas – Tnord, Sudtel, Winprovit e ainda Visabeira –, recorrendo à figura jurídica de transmissão de estabelecimento.
Nos últimos meses, a operadora tem sido alvo de protestos por motivos laborais.
Segundo números do sindicato, quando a PT foi comprada pela francesa Altice, há dois anos, existiam 22 mil trabalhadores e agora existem cerca de nove mil.