Autor: Joana Medeiros/AO online
Deste modo, conforme nota de imprensa do governo açoriano, durante a referida reunião João Ponte afirmou que os Açores pretendem "essencialmente" uma "PAC forte, que responda aos desafios da agricultura dos Açores no futuro", referindo ainda que "uma PAC forte implica que não haja uma redução das verbas que neste momento estão alocadas à agricultura”.
Para o governante açoriano, de acordo com a mesma fonte, é também importante que não haja uma redução das taxas do cofinanciamento aplicadas às Regiões Ultraperiféricas, como os Açores, que não seja reduzido o orçamento da PAC por via de outras prioridades que emergem no seio da Comissão Europeia, como a segurança, as migrações ou ainda por causa do ‘Brexit’.
Apesar do desenvolvimento alcançado nos Açores, considerado pelo secretário regional como um "bom exemplo" de práticas agrícolas na Europa, pela salvaguarda das questões ambientais e pelas práticas do bem-estar animal, João Ponte frisou que “há ainda um longo caminho a percorrer” em matéria de convergência com o resto do país e dos restantes Estados Membros, pelo que insistiu na necessidade de haver um reforço das dotações financeiras no próximo Quadro Comunitário de Apoio.
"Produzir nos Açores significa um acréscimo de custos significativos. A nossa situação arquipelágica, o clima e a distância dos mercados, tudo isso se traduz em sobrecustos na produção”, afirmou João Ponte, adiantando que o documento com a posição dos Açores sobre o futuro da PAC pós 2020 está praticamente concluído e, muito em breve, será apresentado aos parceiros do setor, bem como ao Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.