Autor: Miguel Bettencourt Mota
Uma nota de imprensa do gabinete de comunicação do executivo açoriano recorda que o Banco Condor, que está localizado a 17 quilómetros da ilha do Faial, tem instalado "um observatório científico permanente onde são realizadas campanhas científicas para recolha de dados e para testar novas tecnologias de estudo de ambientes e espécies de profundidade".
A decisão de proibir a pesca naquela área a determinadas artes passa por respeitar os estudos científicos que lá decorrem e que permitem, entre outros âmbitos, "monitorizar as dinâmicas ambientais e biológicas de várias espécies demersais, como o goraz".
Como referiu o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, citado pela mesma nota, manter este banco como “uma área de referência, onde não existe pesca, é essencial do ponto de vista científico para se perceber a dinâmica natural das espécies, sem a existência da influência humana”. Até porque, sublinhou Gui Menezes, os dados científicos recolhidos sobre a abundância das espécies são “fundamentais para o apoio à decisão e para fazer valer a posição dos Açores junto da Comissão Europeia sobre certas matérias da política de pescas”.
Ainda assim, continua a ser permitida a pesca por via de artes como, por exemplo, o salto e vara para captura de atum, desde que as embarcações estejam autorizadas pela Direção Regional das Pescas e equipadas com sistema de monitorização ou localização contínua em funcionamento.
Entre o pôr e o nascer do sol continua a ser proibida a permanência ou o atravessamento do Condor por qualquer embarcação com artes de pesca a bordo que não estejam autorizadas, nota ainda o gabinete de comunicação.