Autor: Lusa/AO Online
“É um processo aberto à comunidade para participação e discussão sobre as grandes opções do turismo para que tenhamos uma estratégia estável, consensual e em que os portugueses se revejam para o que queremos que seja o nosso turismo nos próximos 10 anos”, afirmou Ana Mendes Godinho em declarações à agência Lusa.
Segundo adiantou, o novo Plano Estratégico do Turismo (PENT) – que assumirá uma nova designação, ainda por definir porque também ela será o resultado da pretendida “participação pública”- terá como horizonte o período 2017-2027, “para que fique associado à vigência dos quadros comunitários”.
“Vamos lançar esta consulta numa sessão pública em maio e, até lá, vamos lançar nas redes sociais esta abertura à discussão”, afirmou a governante, adiantando que o objetivo é que seja “um processo em que todos, e não só os tradicionais ‘players’ [operadores] do turismo, participem”.
De acordo com Ana Mendes Godinho, certo é que “o plano tem que estar pronto este ano, assumindo-se como “a estratégia do turismo para a década”.
Conforme a agência Lusa noticiou no passado dia 14, o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) recomendou ao Governo, num projeto de resolução entregue na Assembleia da República, a elaboração de um Plano Estratégico de Turismo até 2025 que assegure um “planeamento participado da atividade turística”.
Nos termos do projeto de resolução, a que a agência Lusa teve acesso, o grupo parlamentar socialista recomenda ao executivo “que proceda à elaboração de um Plano Estratégico de Turismo [PENT] para o período 2016-2025, tendo em conta o atual quadro de fundos comunitários, bem como o novo quadro”.
Segundo sustenta, os “mecanismos de preparação, elaboração e discussão conducentes à proposta final deste plano” deve “envolver os agentes do setor, públicos e privados, em todo o território nacional”.
O último PENT vigorou de 2013 a 2015, uma iniciativa da responsabilidade do Ministério da Economia e da Inovação, com a então secretária de Estado Cecília Meireles.
"O PENT define as linhas de orientação estratégica para a política de Turismo, com metas e objetivos claros, de forma a criar as condições que permitam ao Turismo contribuir decisivamente para a imagem do país e para o bem-estar da população portuguesa, através da geração de riqueza, da criação de postos de trabalho e da promoção da coesão territorial", pode ler-se no documento.