Açoriano Oriental
Governo dos Açores recusa ser "mãos largas" em ano de eleições regionais
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, recusou hoje que o seu executivo seja "mãos largas" em ano de eleições regionais, justificando que está "a cumprir os compromissos que assumiu".
Governo dos Açores recusa ser "mãos largas" em ano de eleições regionais

Autor: Lusa/AO Online

 

“Não é uma questão de um Governo [Regional] de mãos largas, é um Governo que está a cumprir os compromissos que assumiu e que são compromissos que estão a entrar na fase final da sua concretização e, por outro lado, um Governo também que tem a capacidade para responder a solicitações que lhe têm sido dirigidas nos mais diversos domínios”, afirmou Vasco Cordeiro, no final da reunião do Conselho de Ilha das Flores, no âmbito da visita estatutária que o executivo está a realizar a esta ilha.

Segundo o presidente do Governo Regional, “também é verdade que existem aspetos” sobre os quais “não há condições neste momento para uma resposta positiva” ou, “noutros casos, que não são investimentos prioritários”, exemplificando com intervenções na rede viária.

“A questão não é essa, a questão é que nós tivemos, também, um período de programação de fundos comunitários que agora está a ser operacionalizado”, acrescentou.

O Governo dos Açores iniciou hoje a visita estatuária à ilha das Flores, cumprindo a deslocação imposta pelo Estatuto Político-Administrativo da região.

O estatuto determina que o executivo regional visite cada uma das ilhas da região pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

Os conselhos de ilha são um organismo consultivo que integra autarcas e representantes dos sindicatos e associações empresariais, além de outras entidades ligadas ao ambiente, pescas ou agricultura.

Antes da visita, o Conselho de Ilha das Flores fez chegar ao Governo Regional um memorando com 35 pontos, que vão desde a saúde aos transportes, das comunicações móveis ao acesso à medicina no trabalho, entre outros, repetindo várias propostas de documentos elaborados por ocasião de visitas estatutárias anteriores.

Aos jornalistas, Vasco Cordeiro considerou que estas visitas “continuam a fazer muito sentido”, pois permitem “um contacto mais direto da população com cada um dos membros do Governo”, destacando que possibilita, igualmente, “um esclarecimento muito mais próximo e direto” em relação a matérias que têm importância para a ilha, mas também dar uma “perspetiva mais regional” sobre o que está em curso, os objetivos e as dificuldades do executivo.

O chefe do executivo admitiu que a visita é, ainda, “um prestar de contas” sobre o trabalho desenvolvido pelo Governo Regional e sobre as razões que impossibilitaram concretizar determinados investimentos.

O presidente do Conselho de Ilha, José Gabriel Eduardo, congratulou-se pelo facto de “na maioria dos pontos” ter havido “respostas bastante positivas”, realçando nos setores da agricultura e pescas.

Questionado sobre se considera que o atual Governo Regional está de “mãos largas”, José Gabriel Eduardo respondeu: “Já faço parte do Conselho de Ilha há alguns anos, não acho que tenha sido mãos largas, acho que nós merecemos isso tudo”.

“Penso que não foi um ano mãos largas, nem tem outras ilações, embora vai ser motivo eventualmente destas críticas”, declarou o presidente do Conselho de Ilha das Flores.

 

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