Autor: Lusa/AO Online
A proposta do Governo Regional, a que a Lusa teve acesso, previa a criação de um plano de revitalização económica para a Base das Lajes, implementado em articulação entre os dois governos.
O executivo açoriano queria a adoção "imediata" de medidas que mitigassem os efeitos já verificados na economia local, provocados pela reconfiguração das forças norte-americanas na Base das Lajes, bem como a "revalorização estratégica" em termos de valências, a médio e longo prazo, da base, no quadro da relação bilateral com os Estados Unidos ou da NATO ou da União Europeia.
O Governo Regional defendia ainda a dinamização de outras utilizações da Base das Lajes ou de estruturas conexas, como o Porto da Praia da Vitória, como forma de contribuir para a dinamização económica da ilha Terceira.
Questionado pelos jornalistas, hoje, à chegada da aerogare civil das Lajes, na ilha Terceira, de onde partiu de regresso a Lisboa, depois de ter visitado quatro das nove ilhas dos Açores, o primeiro-ministro disse, no entanto, não ter conhecimento desse plano.
"Não tenho conhecimento de nada disso", disse Pedro Passos Coelho, questionado sobre uma notícia do jornal Público, que diz que o Governo rejeitou um plano de revitalização económica para a Base das Lajes.
Para Pedro Passos Coelho, o trabalho "cooperativo" que tem sido realizado pelas entidades nacionais e regionais "continuará a propiciar no futuro melhores soluções" para um problema que "é real e afeta a todos".
"Merece um acompanhamento de todas as entidades que podem, creio eu, trabalhando de uma forma coordenada e articulada, defender melhor os interesses nacionais e os interesses da região, do que se porventura estivéssemos cada um voltado para o seu lado, a procurar soluções isoladamente", frisou.
Por sua vez, Vasco Cordeiro, presidente do Governo Regional dos Açores, realçou a "necessidade imediata e urgente de se avançar com medidas que possam ajudar a ultrapassar os efeitos que já se verificam na ilha Terceira, quanto à não presença das famílias que acompanham os militares", acrescentando que o executivo açoriano "sugeriu a criação de um plano de revitalização económico".
"Este não é um problema militar, é um problema de respeito e até de dignidade na relação diplomática entre Portugal e os Estados Unidos", frisou.
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