Autor: Lusa/AO online
Segundo a AFP, o chefe do executivo local, Leung Chun-ying, anunciou o regresso às conversações com a Federação de Estudantes de Hong Kong, um dos grupos a liderar os protestos, depois de há uma semana ter abandonado de forma abrupta o diálogo que decorriam com os manifestantes.
“De momento planeamos que as conversações na tarde de terça-feira, dia 21 de outubro”, adiantou um adjunto do chefe do executivo da região administrativa especial da China.
As conversações, que serão transmitidas em direto, vão focar-se na reforma constitucional, com ambas as partes a terem autorização para levar cinco representantes para o encontro.
No entanto, há poucas esperanças num qualquer avanço saído desse encontro, sendo pouco provável que Leung Chun-ying ceda às exigências dos manifestantes, que pretendem que este se demita e que decorram eleições democráticas para a liderança do executivo de Hong Kong.
O Governo de Pequim insiste que os candidatos que deverão ir a votos em 2017 devem ser aprovados por um comité leal ao regime, tendo avisado Leung Chun-ying que a China não tem qualquer intenção de recuar nessa intenção.
Os bloqueios nas estradas da antiga colónia britânica, desde 28 de setembro, têm afetado a atividade e a vida quotidiana dos mais de sete milhões de habitantes de Hong Kong que vive a pior crise política desde a transferência de soberania para a China em 1997.