Autor: LUSA/AO online
As autoridades do arquipélago espanhol emitiram um comunicado urgente cerca das 14:00 locais (mesma hora em Lisboa), onde sublinham que a retirada da população da zona é "uma medida preventiva" perante "a possibilidade da migração do foco eruptivo (do vulcão submarino) para mais próximo da costa.
A população de La Restinga, 547 pessoas, é a que se encontra mais próxima da zona da erupção submarina, que não é visível à sperfície mas que está a provocar atividade sismica, e os habitantes receberam instruções para se concentrarem num campo de futebol de onde serão retirados por equipas de proteção civil.
Desde as 04:00 de segunda-feira que especialistas dizem estar a ocorrer uma erupção submarina, não visível à superfície porque se localizar a cerca de 2.000 metros de profundidade e a uma distância entre cinco e sete quilómetros da costa.
Alicia Garcia, uma das investigadoras do Conselho Superior de Investigações Cientificas (CSIC) que está em El Hierro a acompanhar a atividade sísmica que se regista na zona desde junho, explicou à Lusa na segunda-feira que os cidadãos em terra só veriam qualquer manifestação da erupção se houvesse novas bocas eruptivas no vulcão.
"Temos que estar pendentes da informação que estamos a recolher das estações sísmicas, para o caso de se abrirem novas bocas", disse.
Só se uma boca se abrir a menor profundidade, pelo menos 600 metros, seria possível ver em terra alguma explosão, explicou.
Desde julho já foram registados em El Hierro mais de 9.600 sismos, o mais forte dos quais, na noite de sábado passado, alcançou uma magnitude de 4,3 na escala de Richter.
Esta é a primeira erupção em Espanha desde 1971, quando ocorreu a erupção do vulcão Teneguia na ilha de La Palma, também no arquipélago das Canárias.