Açoriano Oriental
Governo anuncia várias obras em esquadras dos Açores

A secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna anunciou esta quarta-feira obras em várias esquadras da Polícia de Segurança Pública (PSP), elogiando o arquipélago por ter "a menor taxa de criminalidade por mil habitantes do país".


Autor: Lusa/AO online

Isabel Oneto falava em Ponta Delgada, São Miguel, na cerimónia do 19.º aniversário do Comando Regional dos Açores da PSP, lembrando que o Governo da República tem levado a cabo na região intervenções em esquadras, nomeadamente na de São Roque do Pico, Santa Cruz e Lajes das Flores, Velas de São Jorge e na divisão policial da Horta (Faial), sendo que outras se seguirão.

Entre os investimentos a iniciar estão as obras na esquadra do Nordeste e Ribeira Grande (ilha de São Miguel), sendo que naquela última a autarquia irá em breve remeter ao ministério o projeto de execução para poder iniciar o lançamento do concurso público.

Serão ainda realizadas obras nas instalações de São Joaquim (Ponta Delgada), esquadra de São Roque do Pico, Angra do Heroísmo (Terceira) e a do Comando Regional dos Açores, cuja resposta integrada contará com o apoio da Câmara Municipal e do Governo açoriano, acrescentou a governante.

Isabel Oneto relembrou o papel do Governo Regional no “contributo que tem dado para o reforço e apoio em termos de meios e equipamentos” para a PSP, assim como dos autarcas “na manutenção e requalificação de algumas infraestruturas”.

A secretária de Estado salientou ainda que “os Açores têm a menor taxa de criminalidade por mil habitantes do país”, constituindo o arquipélago “uma sociedade pacífica onde a ordem pública permanece e a paz social”, à exceção de algumas tipologias de crimes como a violência doméstica, o tráfico de estupefacientes e a condução sob o efeito do álcool.

“Não é pelo facto de haver uma menor criminalidade que deve haver menos meios ou menos recursos, devemos pelo menos manter e aumentar onde for necessário para manter o sentimento de segurança, fator fundamental para o desenvolvimento social e económico de qualquer região”, sublinhou.

O comandante da PSP nos Açores, José Poças Correia, referiu—se à “urgente necessidade” de instalar a esquadra da Ribeira Grande num espaço adequado para prestar “um serviço de polícia de qualidade” e considerou que importa equacionar a instalação da PSP no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, enquanto a esquadra sede de Ponta Delgada, sedeada no edifício do Comando Regional, está “a necessitar de profundas obras”, a par do reforço de meios humanos.

Além disso, no seu discurso considerou que “a falta de incentivos e de mecanismos de mobilidade mais adequados à realidade arquipelágica dos Açores não contribuem nada para evitar a sistemática rotação do pessoal policial nas diversas subunidades”.

Sobre a atividade policial, destacou, por exemplo, o modelo integrado de policiamento de proximidade “bem patente nos 13.543 pedidos externos que foram solicitados e executados em 2017”.

“Efetuamos em 2017 um total de 2.434 operações policiais, 1.592 operações de fiscalizarão rodoviária de que resultaram 15.262 autos de contraordenação, controlámos 73.005 viaturas por radar e fizemos 28.277 testes de alcoolemia, sendo que a condução sob efeito de álcool é um flagelo na região”, acrescentou, assegurando que este ano a polícia irá reforçar os níveis de formação e fiscalização nas áreas de proteção da natureza e ambiente em conjugação com as entidades que operam naquele domínio.

O diretor nacional da PSP, Luís Farinha, disse que “as dificuldades e necessidades do comando dos Açores estão identificadas”, mas “não se ultrapassam num mês, nem num ano”, mas vão sendo ultrapassadas no quadro de investimentos que estão programados.

"Há equipamentos que estão a ser distribuídos e o comando regional não será exceção nesta distribuição, e será, no que diz respeito a recursos humanos, um dos comandos com maior reforço quando o curso de formação de agentes que está a decorrer estiver concluído", sustentou.


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