Açoriano Oriental
Conversa Fiada
“Gosto quando me tratam como um técnico e não como um artista”
Para Luis Rego, director criativo da empresa de publicidade “HDG”, criada nos Açores em 2006, quanto menos se deixar ao acaso da inspiração o processo de criação mais protegido acaba por ficar o lado técnico do trabalho
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Autor: Paulo Simões/Luísa Couto

No seu currículo tem a passagem pela McCann e pela Fischer, duas das maiores empresas de publicidade a nível internacional e nacional. A mudança de Lisboa para São Miguel, onde está em permanência desde 2008, foi uma decisão difícil?

Luis Rego - Creio que foi uma decisão natural, até porque não houve imposição de datas para as coisas acontecerem. No fundo, a minha vinda para cá em definitivo acaba por acontecer como reflexo da necessidade de estar mais presente na “HDG” e acompanhar mais de perto alguns dos negócios que estávamos a conseguir angariar. Recordo que nessa altura fizemos uma campanha bastante grande e era necessário estar cá mais tempo... E com naturalidade depois fui ficando...

 

Estando os anos que esteve em Lisboa e trabalhando nas empresas que trabalhou, houve um click e criou a HDG. Que diferenças consegue identificar entre o mercado nacional e o mercado regional, concretamente em São Miguel?

Luis Rego - Começava por dizer que somos todos humanos e todas as boas características que podemos encontrar encontramo-las em mercados como o de Lisboa ou dos Açores. É que essas referências também se transportam para aqui. As diferenças talvez existam e possam ser mais notórias, porque em mercados maiores temos um número maior de clientes que podemos trabalhar e estar num determinado patamar. O que acontece aqui nos Açores é que é um mercado mais pequeno e sendo mais pequeno não há tantos clientes grandes. Mas como na “HDG”temos objectivos a atingir, trabalhamos com todos. Além de que se considera que essas empresas talvez estejam melhor preparadas para o relacionamento com uma agência de publicidade. Muitas vezes o que acaba por afectar a relação é o factor financeiro, porque aqui também estamos num mercado em que capacidade de investimento é mais pobre e limitada.

 


É uma profissão de desgaste, de grande stress?

Luis Rego - Está catalogada como uma profissão de desgaste rápido e, ao contrário de outras profissões de desgaste rápido, julgo não ganharmos o suficiente para quando estivermos desgastados podermos viver bem...

 

 

 * Leia esta notícia na íntegra na edição de domingo, 23 de Maio, do Açoriano Oriental
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