Açoriano Oriental
Google-China continua a trabalhar "normalmente"
A filial chinesa da Google estava a laborar “normalmente” esta quarta-feira, uma semana depois de a empresa ter ameaçado sair da China em protesto pelo controlo do governo sobre a Internet e alegados ciber-ataques contra activistas de direitos humanos.

Autor: Lusa / AO online
Enquanto a sede “negociará algumas questões com o governo chinês durante as próximas semanas”, os empregados da Google-China “continuarão, como de costume, a fornecer os melhores produtos e serviços aos seus clientes e parceiros”, diz uma informação interna citada por um jornal oficial chinês.

A Google lançou em 2006 um site em chinês (google.cn), que tem 31 por cento do mercado local e emprega cerca de 700 pessoas na China.

A empresa norte-americana adiou, entretanto, o lançamento de dois novos telefones móveis na China, que deviam começar a ser vendidos hoje, disse também o Global Times.

Há uma semana, um vice-presidente da Google, David Drummond, anunciou que a empresa e pelo menos vinte outras firmas foram alvo de “sofisticados ciber-ataques”, numa aparente tentativa de penetrar nas contas de email de activistas espalhados pelo mundo.

“Estes ataques e a vigilância que eles evidenciam, conjugados com as tentativas registadas no último ano para limitar ainda mais a liberdade de expressão na Web, levaram-nos a concluir que devemos rever a viabilidade das nossas operações comerciais na China”, escreveu David Drummond no blogue oficial da Google.

Em resposta, o governo chinês reafirmou a sua oposição a “todo o tipo de ciber-ataques” e sem comentar as alegações de censura, declarou que “todas as empresas, incluindo a Google, têm de respeitar as leis em vigor na China”.

“O governo chinês administra a internet segundo a lei e temos cláusulas explícitas sobre que informação e conteúdos podem ser divulgados na Internet”, disse a porta-voz do ministério chinês dos Negócios estrangeiros, Jiang Yu.
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