Autor: Lusa/AO online
"Os presidente dos grupos (políticos) decidiram por unanimidade atribuir o prémio a uma homem que está na linha da frente da luta pela proteção das mulheres no continente africano", anunciou o presidente da instituição, Martin Schulz.
A conferência de líderes dos grupos políticos do Parlamento Europeu (PE) também decidiu atribuir uma menção especial ao movimento ativista ucraniano Euromaidan.
O ginecologista Denis Mukwege, 59 anos, é especializado no tratamento de vítimas de violações na República Democrática do Congo, cuidando todos os anos de milhares de raparigas e mulheres violadas, usadas como arma de guerra por diferentes grupos armados.
O médico, que foi alvo de uma tentativa de homicídio em outubro de 2012, fundou um hospital para cuidar das mulheres vítimas de violação e o seu nome foi já várias vezes avançado nas "nomeações" para o Nobel da Paz.
O Euromaidan (como é conhecido o movimento de contestação lançado na Praça da Independência em Kiev, em novembro de 2013, que derrubou o então Presidente ucraniano Viktor Yanukovich) recebeu hoje uma menção especial.
A cerimónia de entrega do galardão que premeia a liberdade de pensamento - no valor de 50 mil euros - realiza-se no dia 26 de novembro, durante a sessão plenária do PE.
O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento foi atribuído em 2013 à jovem paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por radicais por defender o direito das raparigas à educação.
Nelson Mandela e o dissidente soviético Anatoly Marchenko (a título póstumo) foram os primeiros galardoados, em 1988.
Em 1999, o prémio Sakharov foi entregue a Xanana Gusmão (Timor-Leste) e, em 2001, ao bispo Zacarias Kamwenho (Angola).
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