Açoriano Oriental
Freguesia de Santa Clara quer desactivação de parque de combustíveis
Os moradores da freguesia de Santa Clara vão entregar brevemente ao Governo açoriano um abaixo-assinado a exigir a completa desactivação do parque de combustíveis de uma empresa privada que funciona na localidade do concelho de Ponta Delgada.

Autor: Lusa/AO online
     O presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Clara, adiantou à agência Lusa que está a decorrer, desde finais de Outubro e até 20 deste mês, uma recolha de assinaturas porta-a-porta na zona em causa e junto dos restantes cidadãos do concelho, em "nome da segurança da população e da qualidade ambiental de Ponta Delgada".

    O abaixo-assinado surge na sequência de uma proposta aprovada por unanimidade pela Assembleia de Freguesia de Santa Clara e que, segundo Mário Abrantes, tem como objectivo a saída definitiva e integral das instalações de depósitos de combustíveis em 2013, último ano da respectiva concessão atribuída ao referido parque.

    "Pretendemos uma resolução definitiva para uma batalha que já leva mais de 11 anos", afirmou Mário Abrantes, alegando existir por parte da empresa "todo o interesse em continuar no local", mas só o poderá fazer se o Governo atribuir a concessão.

    Segundo explicou, a subscrição pública pretende, assim, indagar junto do Presidente do Governo Regional das iniciativas já efectuadas e das que se encontram planeadas para que se concretize, até 2013, a transferência e completa desactivação do actual parque de combustíveis na Pedreira do Meio, em Santa Clara.

    Lembrando que há 11 anos uma comissão promoveu um abaixo-assinado para desactivar de imediato a infra-estrutura e não esperar pelo fim da concessão, o presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Clara apontou que em causa está "o incumprimento da distância mínima entre os depósitos de combustível e as habitações", o que constitui "um sério risco".

    Além da questão da "segurança pública, existe ainda a poluição tóxica e corrosiva" para os habitantes, denunciou Mário Abrantes, indicando que a zona abrangida pela situação tem "cerca de 300 pessoas”.

    "Há 11 anos foram reunidas cerca de 1.000 assinaturas e entregues na Câmara Municipal. Em 2002 foi dirigida uma petição, com 300 assinaturas, ao parlamento açoriano para obrigar a discussão do assunto, o que gerou a aprovação de uma resolução que recomendava ao Governo a urgente saída dos depósitos, o que nunca foi cumprido e tem sido um jogo do empurra”, lamentou Mário Abrantes.

    O presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Clara indicou que o abaixo-assinado deverá ser entregue, até final deste ano ou no início de Janeiro, na presidência do Governo Regional, de quem reclamam "uma posição clara" sobre o assunto.
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