Açoriano Oriental
Fórum para a Competitividade estima que economia tenha crescido 2,6% em 2017

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa tenha crescido 2,6% em 2017 e que em 2018 se expanda entre 2,1% e 2,3% e alerta para os baixos níveis da poupança das famílias.

Fórum para a Competitividade estima que economia tenha crescido 2,6% em 2017

Autor: Lusa/AO online

Na nota de conjuntura de dezembro, divulgada hoje, o Fórum para a Competitividade afirma que os indicadores sobre o quarto trimestre apontam para um abrandamento da atividade, que deverá prosseguir ao longo de 2018.

“Não só porque o primeiro de semestre de 2017 apresentou um crescimento empolado, mas porque o enquadramento é de desaceleração, ainda que não muito pronunciada: desaceleração da economia da zona euro e em particular em Espanha, subida das taxas de juro, diminuição da folga da economia portuguesa com a sucessiva queda do desemprego”, refere.

O Fórum alerta para os baixos níveis de poupança das famílias, depois de, no terceiro trimestre, a taxa de poupança das famílias ter atingido um novo mínimo, caindo de 5,4% para 4,4% do rendimento disponível.

“Este desenvolvimento é particularmente grave por dois motivos. Em primeiro lugar, porque as famílias eram habitualmente a principal fonte de poupança da economia; em segundo lugar, porque o investimento ainda se acha muito deprimido e, sem poupança, a recuperação do investimento traduzir-se-á em défices externos, que foram sempre a razão da necessidade de programas de resgate externo”, refere.

Sobre a execução orçamental, tudo aponta que o objetivo de um défice orçamental de 1,5% do PIB seja alcançado, e eventualmente o défice fique até um pouco abaixo desse valor (entre 1,2%-1,3%), refere.

Segundo o Fórum, a redução do défice tem sido, no entanto, meramente nominal e não estrutural.

Se o Governo não tivesse reduzido o IVA da restauração e tivesse tomado apenas “metade” das medidas de despesa com salários e de corte no IRS, poderíamos ter em 2018 menos 1% de défice, ou seja, um valor próximo do equilíbrio orçamental e um défice estrutural próximo de -0,5% do PIB (está em 2018 nos 1,8%), acrescenta.


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