Autor: Lusa/AO online
"Penso que é o lugar para certos jogadores, como Luís Figo, é a nossa área, nascemos para o futebol", justificou o ex-avançado internacional italiano, que atualmente treina a equipa suíça do Lausanne.
Simone lembrou que conhece Figo, a quem defrontou quando o português esteve no Inter Milão e no FC Barcelona, e lembrou o caso de Michel Platini, presidente da UEFA, também ele antigo jogador de futebol.
"Tal como fez Michel Platini na UEFA, na qual é um bom político, Figo pode ter essa dimensão política, que é uma característica indispensável", assinalou Marco Simone, em alusão à capacidade necessária para ser liderar uma instituição como a FIFA.
O antigo jogador italiano disse ainda não ter nada contra Blatter, mas que o dirigente suíço já está há demasiado tempo no organismo e que alguns futebolistas estão num nível que poderiam contribuir muito para o organismo.
Figo concorre à presidência da FIFA frente ao atual presidente, Blatter, numa corrida em que estão também o príncipe jordano Ali bin Al Hussein, um dos vice-presidentes do organismo, e o presidente da Federação Holandesa, Michael van Praag.
Defendendo a ideia de que é necessário "reformar" a FIFA, Marco Simone deixou também críticas à organização do Mundial de 2022 pelo Qatar.
"O Mundial continua a ser o acontecimento futebolístico mais importante e atribuí-lo a um país sem história no futebol é difícil de aceitar", referiu Simone, dizendo que se gratifica um país pelo dinheiro que investiu na modalidade.
As eleições para a presidência do organismo que rege o futebol mundial realizam-se a 29 de maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.