Açoriano Oriental
Fenprof vai entregar ao ministério reivindicações para valorização do 1.º ciclo
A Fenprof vai elaborar um documento a enviar ao Ministério da Educação e à tutela nos Açores e Madeira com reivindicações para melhorar o ensino no 1.º ciclo do ensino básico, foi hoje anunciado.

Autor: Lusa/AO Online

 

"Aquilo que estamos a fazer com esta campanha é precisamente chamar a atenção, também através da comunicação social, e depois através de uma iniciativa seguinte que há de ser a realização de um filme e de um caderno, um documento que vamos entregar ao Ministério da Educação, às secretarias regionais e associações de pais", disse hoje o secretário-geral da Frenprof, Mário Nogueira.

O dirigente sindical falava em Ponta Delgada, nos Açores, numa ação junto da escola dr. Alexandre Linhares Furtado, no âmbito da campanha nacional "1.º Ciclo – Caminhos para a sua Valorização" que arrancou a 03 de fevereiro em Matosinhos, Porto, e percorreu o país, terminando hoje na ilha de São Miguel.

Mário Nogueira disse que a ideia é envolver também os encarregados de educação nesta ação reivindicativa, pelo que vai promover reuniões com as confederações e federações dos pais para que estes agentes educativos possam melhorar o documento.

“No continente, com estes quatro anos desgraçados que vivemos de cortes na educação com a direita no poder fomos perdendo muitas condições, nomeadamente no 1.º ciclo do ensino básico. Hoje a confusão é completa”, alertou o secretário-geral da Fenprof, apontando para horários de professores "absolutamente desregulados".

Outros dos problemas identificados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) passam pelo insucesso escolar que “voltou a aumentar nos últimos quatro anos”, a indisciplina, as condições de ensino e aprendizagem, a gestão dos agrupamentos, questões de higiene e segurança no trabalho, o número de alunos por turma e os apoios aos estudantes com necessidades educativas especiais, o regime de docência, enumerou o coordenador da Fenprof para o 1.º ciclo, Manuel Micaelo, para quem "há muito mais a fazer no continente do que nas regiões autónomas".

“Se temos dinheiro em Portugal que não é muito, temos é que ser orientados no seu gasto. Temos sido desorientados, o dinheiro que existe no nosso país é para encher os bolsos aos banqueiros (…) e no que é relevante, como a saúde, educação ou segurança social, cada vez temos tido mais cortes e queremos investimento na educação a começar pelo 1.º ciclo, daí essa campanha”, sustentou Mário Nogueira.

Nos Açores, o sindicalista considerou que algumas das questões nacionais “poderão não ter” um impacto “tão forte”, como o caso do número de alunos por turma, mas afirmou que os apoios disponibilizados aos alunos com necessidades educativas especiais é "uma situação quase dramática" na região, além dos alunos que carecem de apoio educativo acrescido.

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