Açoriano Oriental
Fenprof vai avançar com grande manifestação se Governo mantiver atual posição

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou esta quinta-feira que, a manter-se a posição do Governo relativamente ao descongelamento das carreiras dos docentes, os professores vão avançar com uma grande manifestação no início do terceiro período.

Fenprof vai avançar com grande manifestação se Governo mantiver atual posição

Autor: Lusa/AO online

"A manter-se tudo aquilo que até agora temos vindo a observar, que é uma inflexibilidade total do Governo, pois claro que o terceiro período vai começar com uma grande manifestação", disse Mário Nogueira, que falava junto à Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra, quando decorre o terceiro de quatro dias de greve dos docentes, cuja principal motivação é a falta de consenso sobre a contagem de todo o tempo de serviço, no processo de descongelamento das carreiras da Função Pública.

Segundo o dirigente sindical, os professores acreditam que "é tempo de ir para a rua", como há dez anos, "quando também os professores foram vítimas de muitos ataques e foram até desvalorizados na sociedade".

"Aquilo que hoje é o desejo dos professores é avançar para uma grande manifestação de rua", vincou.

De acordo com Mário Nogueira, o Ministério da Educação mostra-se "inflexível" na negociação da contagem do tempo de serviço para o descongelamento das carreiras.

A Fenprof mostrou-se "disponível para encontrar um faseamento, um prazo, um ritmo" e a melhor forma de chegar a um entendimento "seria na mesa de negociações", notou o dirigente, considerando que o Governo "não quer ouvir" os docentes.

Mário Nogueira mostrou-se ainda satisfeito com a resposta que os professores têm dado à greve, considerando que hoje, com a greve a chegar à região Centro, a adesão será "superior".

A greve foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, em novembro, entre as quais as duas federações - Federação Nacional de Educação (FNE) e Fenprof - e oito organizações mais pequenas.

A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, concentrou-se na terça-feira na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e hoje chega à região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).

A paralisação termina na sexta-feira na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.


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