Autor: Miguel Bettencourt Mota
Em comunicado enviado à comunicação social, a federação queixa-se de que apenas "uma embarcação
de pesca lúdica em cada quatro de pesca profissional" foi fiscalizada pela IRP durante o ano passado.
A FPA está, portanto, "indignada" pelo facto de, das 1638 inspeções realizadas, 66 por cento terem incidido sobre a pesca profissional, contrastando com as dirigidas à pesca lúdica e comercialização de pescado, que se fixaram nos 16 e 18 por cento, respetivamente.
No documento, assinado pelo presidente Gualberto Rita, aquela estrutura federativa lembra que "existem três vezes mais embarcações" de pesca lúdica em atividade, por comparação às que se dedicam à pesca profissional, e advoga que a "pesca ilegal" por elas praticada "é um problema cada vez mais grave, com fortes implicações no rendimento da pesca".
Diz a federação que "as
autoridades têm conhecimento de que existem evidências de que este
problema tem aumentado, com impactos fortes sobretudo na economia das ilhas
mais pequenas, onde a comercialização do pescado ilegal facilmente
satisfaz o mercado da ilha, competindo com a pesca profissional".
Asseverando que não vai permitir que as fiscalizações da IRP "recaiam sempre sobre os mesmos", a FPA faz saber que "vai solicitar uma reunião de urgência com o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia", Gui Menezes.
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