Açoriano Oriental
Fábrica de Santa Catarina deve manter-se na esfera pública

O deputado do PCP ao Parlamento dos Açores, João Paulo Corvelo, entende que a fábrica de conservas de Santa Catarina, em São Jorge, deve manter-se na "esfera pública" e que não deve ser incluída na reestruturação anunciada pelo Governo.

Fábrica de Santa Catarina deve manter-se na esfera pública

Autor: AOnline/LUSA

"No tocante à Fábrica de Santa Catarina, é imprescindível a sua manutenção na esfera pública como forma de evitar que a breve trecho venha a ocorrer algo semelhante como o caso da COFACO na Ilha do Pico", insistiu o parlamentar comunista, no final de uma visita de cinco dias à ilha de São Jorge.

Em causa está o processo de reestruturação do setor público empresarial, anunciado há dias pelo presidente do Governo, Vasco Cordeiro, que inclui a extinção de algumas empresas públicas, como a SPRIH, a SATA SGPS (uma das empresas do grupo SATA) e a Associação Portas do Mar, mas também a alienação de capitais públicos em várias outras empresas.

No caso da fábrica de Santa Catarina, uma conserveira que o Governo adquiriu em 2009, para evitar que encerrasse, a intenção do executivo açoriano é alienar agora a participação que a empresa de lotas dos Açores (Lotaçor), detém naquela unidade fabril.

O deputado do PCP teme, porém, que esta alienação de capitais públicos possa levar ao encerramento da fábrica e ao consequente despedimento de trabalhadores, como aconteceu recentemente na Madalena, na ilha do Pico, com o a fábrica de conservas da COFACO.

João Paulo Corvelo manifestou, por outro lado, a sua preocupação, com as dificuldades sentidas pelos pescadores jorgenses para exportarem o seu pescado para fora da ilha, devido à alegada "indisponibilidade da SATA" para transportar carga, situação que terá gerado prejuízos na ordem dos 250 mil euros.

O parlamentar comunista, que durante uma semana manteve contactos e reuniões com diversas entidades e Instituições representativas do trabalho, da sociedade e da economia da Ilha, defendeu também a necessidade de promoção do queijo de São Jorge "como produto de qualidade, livre de silagens e concentrados".

João Paulo Corvelo entende ainda que a empresa pública Atlânticoline não devia suspender a Linha Lilás (que liga as ilhas do Faial, Pico, São Jorge e Terceira durante o verão), por entender que essa ligação marítima de passageiros é importante para o desenvolvimento da ilha, em especial a operação entre o porto da Calheta (São Jorge) e o de Angra do Heroísmo (Terceira).


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