Autor: Lusa / AO online
“Temos por isso de nos mobilizar para uma luta fundamental que é uma luta em nome do interesse nacional e regional. Hoje para as eleições nacionais, amanhã para as eleições regionais. Sim, porque 2016 é mesmo amanhã e há muito trabalho para fazer”, afirmou Berta Cabral.
A antecessora do atual líder do PSD/Açores falava no XXI Congresso do PSD/Açores, que decorre na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, até domingo.
Berta Cabral, secretária de Estado da Defesa Nacional, afirmou que o PSD tem “todas as razões para enfrentar as próximas eleições legislativas de cabeça bem erguida, sem euforias, mas taco a taco”, considerando que o partido tem “resultados para apresentar aos adversários”.
“E o que têm os nossos adversários para oferecer? O retorno em força destes protagonistas do anterior governo com todos os seus vícios e com todas as situações de irresponsabilidade que nos deixaram, tempo de má memória que nenhum português consciente e responsável pode aceitar", afirmou.
No plano regional, destacou a “renovação” empreendida pela atual liderança de Duarte Freitas no PSD/Açores e apontou a “incompetência” da governação socialista no arquipélago. Falou ainda na necessidade de se "repor a verdade" na questão da redução das tarifas áreas e dos impostos que disse que o PSD/Açores e o seu líder "conquistaram".
Costa Neves, também antigo líder do PSD/Açores, considerou, por seu turno, numa intervenção perante os congressistas, que a partir deste congresso "é tempo de ação", sublinhando que o "debate é claramente externo".
"Aqui se inicia um ciclo que temos de considerar estimulante. Nos próximos 18 meses temos três eleições, as nacionais, as presidenciais e as regionais e todas têm como ponto de partida este congresso", sustentou Costa Neves, lembrando ainda que neste congresso "fecha-se o tempo das escolhas internas".
Na sua intervenção, o ex-ministro da Agricultura e atual deputado na Assembleia da República disse que "o PS mais do que adversário do PSD, é adversário dos Açores e dos açorianos" e responsabilizou o executivo regional socialista por "não evitar o previsto", abordando o caso da Base das Lajes e o fim das quotas leiteiras.
“Pergunto muitas vezes a mim próprio como pode alguém admitir eleger para o governo um governo que tem a mesma gente que acompanhou Sócrates. Estão lá todos os camaradas de caminho. Está lá António Costa um dos principais camaradas de caminho", acrescentou ainda.
Manuel Arruda, também ex-líder do PSD/Açores, apelou à união do partido, dizendo que "os adversários do PSD não estão aqui dentro, estão lá fora".
O social-democrata sustentou ainda que os militantes devem ter uma postura correta e "alterarem o comportamento" que têm tido "vezes demais".
“Devem criticar, mas devem fazê-lo no sítio certo”, frisou.